Por Elaine Tavares.
Enquanto a Câmara dos Deputados votava e aprovava a PEC da morte, que congela os gastos públicos por 20 anos, em todo o país a juventude, os estudantes e os movimentos sociais saiam às ruas para protestar. Sabem que a emenda que muda a Constituição representará um ataque sem medidas aos empobrecidos. Afinal, são esses os que realmente precisam dos serviços públicos como saúde, educação, segurança, moradia, assistência social e ciência e tecnologia .
Mas, como já era esperado, o governo conseguiu os votos necessários para aprovação em primeiro turno, da PEC da morte. Foram 366 votos a favor e 111 contra. Temer precisava de 308 votos, pois quando a votação muda a Constituição, precisa de um quorum maior. E não foi difícil ultrapassar o número limite, pois tudo já estava decidido em reuniões anteriores. O presidente Temer chegou a oferecer um banquete aos deputados aliados, no domingo à noite, para discutir a necessidade de “cortar na carne” dos pobres. Ali, no rega-boe, tudo foi decidido.
PT, PCdoB, PDT, PSOL, Rede e PMB orientaram o voto dos seus parlamentares contra a PEC 241.
Os demais partidos, incluindo PMDB, PSDB, DEM, PP, PPS, e PTB, determinaram o voto a favor da proposta.
Em Florianópolis, um ato de protesto contra a PEC 241, foi reprimido violentamente pela polícia militar que usou de todo o seu arsenal para dispersar os manifestantes. Cavalos, bombas, tiros, agressões a pessoas já dominadas e prisões. Três estudantes foram levados à delegacia acusados de queimar um cone, e foi negada a fiança, portanto, permanecem na prisão.
Fonte: http://www.iela.ufsc.br/noticia/desmonte-do-brasil-e-violencia.