Em meio à pandemia do coronavírus e uma crise política sem precedentes, as taxas de emprego no país estão derretendo e atingindo recordes históricos, segundo dados revelados nesta quinta-feira (28) pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo o IBGE, o desemprego subiu 1,3 ponto porcentual no trimestre encerrado em abril, em relação aos três meses anteriores, e chegou a 12,6%.
A população desocupada (12,8 milhões de pessoas) teve aumento de 7,5% (898 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (11,9 milhões de pessoas).
Em meio ao isolamento social, decreto em grande parte do país para achatar a curva de expansão da Covid-19, 70,9 milhões de trabalhadores estão fora da força de trabalho, alta de 7,9% (mais 5,2 milhões de pessoas) em relação ao período anterior, e o maior da série histórica, iniciada em 2012.
A população desalentada (5,0 milhões) foi recorde da série, crescendo 7,0% em relação ao trimestre anterior.
Ocupação
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 51,6%, o menor da série histórica iniciada em 2012, com redução de 3,2 p.p. frente ao trimestre anterior (54,8%) e de 2,6 p.p. frente a igual trimestre de 2019 (54,2%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) caiu para 32,2 milhões de pessoas, menor nível da série histórica, caindo 4,5% frente ao trimestre anterior e 2,8% frente ao mesmo trimestre de 2019.
Os dados relativos aos empregados sem carteira assinada no setor privado (10,1 milhões de pessoas) também bateram recorde, caindo 13,2% em relação ao trimestre anterior e 9,7% contra o mesmo trimestre de 2019.
Outra taxa que bateu recorde histórico foi a da informalidade, que chegou a 38,8% da população ocupada, representando um contingente de 34,6 milhões de trabalhadores informais, o menor da série, iniciada em 2016.