RT Brasil.- Uma menina de apenas oito anos morreu após sofrer uma parada cardíaca no domingo (14) por causa de, segundo suspeitam as autoridades, inalação de desodorante durante um desafio viral que circulou na internet, relata o g1.
Sarah Raissa Pereira de Castro foi encontrada inconsciente pelo avô no sofá de casa com um frasco de desodorante e o celular ao lado dela. Seus lábios e dedos estavam roxos, detalha a mídia.
O avô ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que conseguiu estabilizá-la e levá-la ao hospital com vida. No entanto, os médicos confirmaram sua morte cerebral horas depois.
A polícia abriu um inquérito para esclarecer as circunstâncias e identificar aqueles que promoveram o “desafio do desodorante” nas redes sociais, informou Ataliba Neto, delegado responsável pela investigação, segundo o veículo.
Policiais também estão realizando testes no telefone de Sarah para determinar se ela estava vendo ou gravando conteúdo relacionado ao desafio no momento do incidente.
“Regras” do desafio
O desafio que tem circulado em várias plataformas consiste em inalar o conteúdo de um desodorante aerossol gravando um vídeo e depois o compartilhando nas redes. Vence o desafio aquele que conseguir segurar o gás inalado por mais tempo.
De acordo com Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo (USP), o aerossol contém etanol e partículas líquidas e sólidas que podem penetrar rapidamente nos brônquios, causando asfixia, danos neurológicos, arritmias cardíacas e até mesmo a morte.
A família de Sarah não sabia que a menina havia sido exposta a esse tipo de conteúdo. Foram os próprios médicos do hospital que mencionaram a possibilidade de a causa estar relacionada ao desafio do desodorante. A polícia ainda está aguardando os resultados do relatório médico.
O caso de Sarah não é único. Em março, outra menina de 11 anos morreu em Pernambuco após inalar desodorante também como parte de um desafio viral. De acordo com especialistas, os menores acessam conteúdos sem supervisão, movidos pela curiosidade ou pela pressão de colegas, expondo-os a desafios que colocam a vida em risco.
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