A eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa foi marcada pela candidatura à Presidência do deputado Sargento Amauri Soares. A iniciativa teve o objetivo de mostrar à sociedade catarinense que existe oposição ao governo do Estado, já que a candidatura vencedora representa o Executivo. “Nossa candidatura representa a idéia de que não existe unanimidade nem consenso no Parlamento catarinense, muito menos partido único. Representa o resgate dos princípios da República de independência entre poderes e a divergência e contradição de classe”, argumentou durante a defesa de sua candidatura. O deputado recebeu apenas o próprio voto.
Sargento Soares lembrou que sua candidatura não é contra a pessoa do deputado Joares Ponticelli, eleito com 39 votos, mas resultado de uma posição política. “O cargo de presidente da Assembleia Legislativa não é isento de posicionamento político e ideológico, e essa candidatura não consegue ter autonomia ao Executivo”, disse.
Uma das motivações do deputado é resgatar o debate no Parlamento, já que desde que assumiu o mandato parlamentar, em 2007, os principais projetos foram votados em sessões “atropeladas”, com destaque para os últimos dois anos. “É ruim para a política catarinense que o debate tenha ficado cada vez menor”, lamentou.
A candidatura também foi mostrar para a sociedade catarinense que há deputado na Assembleia Legislativa que não concorda com os acordos de cúpula, envolvendo poderes distintos, para definir a direção do Parlamento.
Sobre o voto solitário, o deputado considerou que a votação foi positiva, pois “comprovou que o Parlamento não representa os anseios da base da sociedade, da classe trabalhadora e dos oprimidos”.
Mesa diretora
Na a votação da chapa dos demais cargos para compor a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o deputado Sargento Soares apresentou voto nulo, mantendo a coerência com o voto anterior de protesto, já que não fez parte da construção da chapa.
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Fonte: CCLCP