Por Loreno Siega.
Talvez pela primeira vez em sua já longa história na política, a deputada federal por Lages e pela Serra Catarinense, Carmen Zanotto (PPS), enfrentou no começo da manhã deste sábado (22/04) um protesto em frente à sua casa, no bairro Copacabana, na Av. Belizário Ramos.
Um grupo de militantes do PT, juntamente com sindicalistas e integrantes de movimentos sociais, estiveram no local e fixaram vários cartazes nas grades da frente da casa onde a deputada reside. As frases manifestavam repúdio à atuação da deputada, que na última semana, em Brasília, votou favorável ao regime de urgência no projeto da Reforma Trabalhista, que deverá ser apreciado e votado no plenário na próxima semana.
Em coro, com ajuda de um violão, os manifestantes cantavam uma música feita especialmente para a deputada Carmen pelo professor Misael da Silva Carneiro (essa música, inclusive circula nas redes sociais em Lages desde ontem à tarde).
“Ó deputada não seja traidora, se votar SIM não sai nem prá vereadora. (Bis).
Ó deputada o povo te conhece, já não bastasse ter feito coisa alguma, mas de golpista o povo não esquece, não sabe honrar a própria legislatura.
Quem te elegeu foram trabalhadores, que confiaram nas suas belas promessas, você se rende ao circo dos horrores, e vai passando o povo na conversa”
Os manifestantes também levavam apitos, tambores e sininhos. E fizeram muito barulho no local.
Pouco depois, num veículo vermelho, a deputada saiu de sua casa. No volante, estava o seu assessor, Zé Rabelo. Ela não conversou com os manifestantes, que naquela hora já tinham saído do local.
Carmen se manifestou através de nota:
Hoje à tarde, pelo whatts app da imprensa, a assessora de imprensa da deputada, Silviane Manrich, divulgou a seguinte nota:
“Com relação ao grupo de pessoas que esteve na minha casa na manhã deste sábado, recebi com respeito e isso faz parte do processo democrático e do cotidiano da vida parlamentar. Na última quarta-feira a bancada do PPS votou pela urgência do projeto da Reforma Trabalhista com o compromisso do Governo de aceitar as emendas até a próxima segunda-feira e esgotar o debate na comissão especial, antes de ir para a votação no plenário. Apresentamos pela bancada, 19 emendas ao texto e deveremos apresentar mais, fruto das sugestões que ainda estamos recebendo neste fim de semana. Reafirmo o meu compromisso de lutar pelo melhor texto que garanta os direitos dos trabalhadores e ao mesmo tempo possibilite novos investimentos no nosso país, oportunizando mais vagas de trabalho”.
Fonte: Revista Visão
Fotos: Divulgação
