Por Claudia Weinman, para Desacato. info.
A informação repassada é de que na segunda-feira, dia 05 de setembro, será feita a demarcação para a colocação dos pré-moldados e o levantamento da parte estrutural do galpão. Conforme a vice-presidente da Acomar, Justina da Luz, a demanda por um novo galpão vem de tempos. Segundo ela, trata-se além de ampliar o serviço de reciclagem, oferecer condições dignas para os/as trabalhadores/as da Acomar, podendo ampliar a rede de coletores, especialmente, os que hoje se mantém trabalhando na rua.
Representantes da Associação de Coletores de Materiais Recicláveis (Acomar), de São Miguel do Oeste, que há mais de cinco anos reivindicam a construção do novo galpão para a realização dos trabalhos de reciclagem do lixo, finalmente vão concretizar esse sonho. A informação repassada é de que na segunda-feira, dia 05 de setembro, será feita a demarcação para a colocação dos pré-moldados e o levantamento da parte estrutural do galpão.
Conforme a secretária de Planejamento da Prefeitura, Marli da Rosa, a previsão é de que até o final do ano o galpão esteja concluído. Ela destacou que os recursos aplicados no local, correspondem a R$ 250 mil reais provenientes da União e R$ 76 mil do Poder Público Municipal.
Conforme a vice-presidente da Acomar, Justina da Luz, a demanda por um novo galpão vem de tempos. Segundo ela, trata-se além de ampliar o serviço de reciclagem, oferecer condições dignas para os/as trabalhadores/as da Acomar, podendo ampliar a rede de coletores, especialmente, os que hoje se mantém trabalhando na rua, puxando material com seus carinhos. “Por muito tempo ouvimos promessas, enquanto o povo permaneceu na rua trabalhando, em dias de chuva e sol intenso. Agora, queremos ver se essa promessa vai realmente ser efetivada. Queremos tirar o povo que está na rua trabalhando e oferecer um local adequado para trabalharem”, argumentou Justiça.
Dignidade no trabalho
A vice-presidente da Acomar disse ainda que a construção do novo galpão significa, também, a possibilidade de aumentar a renda das famílias. Ela destacou que o galpão utilizado para o trabalho atualmente servirá como depósito e a reciclagem acontecerá no outro galpão. “Hoje são 15 pessoas trabalhando no galpão, com uma renda aproximada de R$ 550,00, o que é pouco. Muitas pessoas acabam se dividindo e tendo que trabalhar em outros locais para conseguir uma renda um pouco melhor”, contextualizou.
A Acomar, atualmente, segundo Justiça, tem recebido materiais para reciclagem dos municípios de São Miguel do Oeste, Bandeirante, Santa Helena, Paraíso e Flor do Sertão, no entanto, o valor pago pela reciclagem é insuficiente, mediante o trabalho realizado. “Com o novo galpão, além de termos mais gente para trabalhar, vamos conseguir atender uma demanda maior e com isso, temos a possibilidade de recebermos mais pelo material entregue”, destacou.
Hoje, a maioria dos/as trabalhadores/as acabam fazendo refeições no espaço da reciclagem, de forma precária e limitada. “No novo galpão vamos ter uma cozinha própria para as refeições, além é claro, de toda uma estrutura digna para realizarmos o serviço”, enfatizou.
Os coletores de materiais recicláveis aguardam o encaminhamento da construção do novo galpão e segundo Justiça, estão acompanhando de perto a promessa feita há muitos anos. “Nós precisamos muito que isso seja concretizado e por isso, vamos seguir atentos a esses encaminhamentos para cobrar”, finalizou.
