Por Fabiano Garcia.
É de um cinismo grotesco o sujeito ter uma suástica dentro de uma piscina e alegar que não faz apologia ao nazismo. Eu tive a infelicidade de ter “aula” durante um ano em Lages com esse sujeito em 2005. Não só lembro como ele afirmou categoricamente que era adepto sim do nazismo como também lembro da retórica dele envolvendo: racismo, xenofobia e homofobia. Pra uma molecada de 16/17 anos o papo dele envolvendo algum conhecimento sobre guerra, hinos, conhecimento técnico de armas era uma euforia só (um desastre). Muitos aqui vão lembrar disso. Alguém aqui deve lembrar do filme “a onda”, eu imagino, e é mais ou menos ao que me remeto quando penso no impacto que as aulas daquele sujeito tinha dentre os alunos. Não só gerou um profundo antissemitismo histérico nas salas que passou como direcionava direitinho o ódio de classe dele. Pra ficar por baixo, vou citar só algumas que fez nas aulas que eu assisti: “para acabar com a favela basta por fogo nela”; “o fim da escravidão foi péssimo porque quando a escravidão acabou os negros ficaram desempregados”, “a monarquia é a única solução pro Brasil”. E se alguém tem dúvida do caráter dessas aulas, é só pegar essas aulas que eram gravadas e remeter ao ministério público para avaliação. Envergonha que redes de ensino ainda o contratem como “historiador”, área que eu pertenço e na qual ele não tem nenhuma credibilidade como pesquisador, educador ou qualquer coisa semelhante.