A Coordenadoria de Direitos Humanos do Paraguai denunciou as violações dessas prerrogativas cometidas contra os camponeses presos depois do desocupação de Curuguaty no ano passado e com os familiares das vítimas.
Uma declaração da organização exigiu um justo reparo do Estado às humildes famílias dos 11 camponeses mortos naquele sangrento episódio, especialmente mulheres e crianças que ficaram desabrigadas.
Afirmou que ainda há violações desses direitos que a sociedade não deve passar por cima já que complicam a construção de um país com justiça, igualdade social e democracia.
Questionou o trabalho dos órgãos de justiça e da Promotoria, pois emitiram uma ordem de desocupação ilegal através de um juiz criminal e não civil, além de que uma empresa privada usurpou as terras objeto de litígio, que pertencem ao Estado.
Para a Comissão, a investigação do Ministério Público e a acusação do promotor Jalil Rachid, estão unicamente orientadas a demonstrar a versão policial que acusa os camponeses como autores de uma emboscada premeditada e planificada para a força policial.
Os 15 e únicos processados pelo fato são camponeses, enquanto dois menores de idade já foram condenados, o que demonstra tudo o que foi assinalado anteriormente.
Os defensores dos direitos humanos exigiram o esclarecimento do caso, uma investigação independente e a sanção dos responsáveis pelos assassinatos.
No próximo 19 de junho será reiniciada a audiência preliminar com a presença dos acusados para decidir se são submetidos a um julgamento oral e público ou são libertados, ainda que esta última opção pareça improvável pela posição irredutível da promotoria.
Fonte: Prensa Latina