Caiu nas redes sociais, na manhã desta quinta (26), um decreto assinado por Jair Bolsonaro que faz inúmeras mudanças no Estado-Maior do Exército. Internautas começaram a questionar se alterações era protocolo ou tentativa de golpe militar.
Uma fonte entendida do assunto explicou ao GGN que o decreto é burocracia e não tem ligações com a crise política atual.
Ao contrário disso, o que chama atenção é o que alto comando verde-oliva foi reforçado com nomes de confiança do Comandante do Exército, general Edson Leal Pujol.
São nomes comprometidos com a instituição, não com o bolsonarismo, como o general Valério Stumpf Trindade, que assume o Comando Militar do Sul, e Marcos Antonio Amaro dos Santos, que será o chefe do Estado-Maior do Exército. Ele fez a segurança de Dilma Rousseff por 5 anos e atuou no Comando do Sudeste.
Nesta semana, Pujol divulgou nas redes sociais um vídeo institucional afirmando que o Exército está preocupado com a epidemia de coronavírus, sugerindo o “aquartelamento” dos militares. A mensagem contrasta com a posição adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, que é a favor de que a maioria dos brasileiros continue nas ruas.
O GGN apurou que o dia 31 de março é o prazo limite que o governo tem para definir as promoções, aposentadorias compulsórias e fazer as substituições necessárias. O decreto de Bolsonaro traz uma série de militares que a partir desse mês ascendem de cargo e outros que são colocados na reserva.
É a situação do então Comandante Militar do Sul, Geraldo Antonio Miotto, que foi exonerado do Comando do Exército e transferido para a reserva remunerada. Ele vem ajudando o Rio Grande do Sul a combater o coronavírus.
Militares da reserva podem trabalhar se solicitados pelo governo.