O Movimento Internacional dos Estudantes prepara para 18 de outubro o Dia Mundial de Chamado à Ação Mundial e de 14-21 de novembro: Greve Mundial.
Leia a declaração do movimento:
Declaração Unida Internacional
No mundo todo, nunca durante a última década os estudantes, alunos, professores, pais e trabalhadores protestaram contra a crescente comercialização e privatização da educação pública, lutando pela educação gratuita e emancipatória.
Muitos de nós usamos o Movimento Internacional de Estudantes, como uma plataforma de autogestão iniciado para a troca de informação, estabelecer contatos e coordenar protestas, tanto no plano internacional como mundial. Desde que a plataforma de ISM se iniciou em novembro de 2008, foram coordenados vários dias e semanas mundiais de ação.
Lutamos por estruturas baseadas na participação direta e a organização não hierárquica mediante a discussão e a ação coletiva. Qualquer pessoa que se identifique com a luta contra a privatização da educação pública e por uma educação gratuita e emancipatória pode se unir e participar, assim como dar forma à plataforma.
O que pretende nos unir no mundo todo é o seguinte:
Contra o quê lutamos?
- Os efeitos do atual sistema econômico sobre as pessoas e os sistemas educativos:
– os direitos de matrícula ou qualquer forma de honorários que excluem as pessoas, o aceso igual e participação na educação;
– dívida de estudantes;
-alinhamento da educação pública ao serviço do mercado (de trabalho);
-O Chamado Processo de Bolonha (como com seus homólogos do mundo todo) tem como objetivo implantar sistemas educativos que, principalmente, forma pessoas em habilidades que servem para o mercado de trabalho. Promove-se a redução dos custos de formação de uma pessoa, se encurta o tempo dedicado ao estudo, e produz força de trabalho não qualificada.
– tornar a educação uma mercancia, como parte da mercantilização de todos os aspectos da vida
– a influência significativa e crescente dos interesses empresariais nos orçamentos básicos para a educação pública
-os importantes e crescentes cortes orçamentários na educação pública no mundo todo
– a privatização dos recursos públicos através da subvenção das instituições educativas privadas
– a mercantilização e exploração do trabalho nas instituições educativas
- Nos opomos à discriminação e a exclusão dentro de qualquer instituição educativa com base em:
– condição socioeconômica. Por exemplo, o cobro de tarifas para que a gente com menos dinheiro não pode participar em igualdade
– nacionalidade
– rendimento e expediente académico
– ideologias políticas e atividades
– sexualidade
– orientação sexual
– culto e/o religião
– origem étnica
– cor da pele
- Nos opomos à priorização da pesquisa vinculada à patentes de alto valor comercial, em vez de promocionar o conhecimento aberto livremente disponível para todos
– As instituições educativas públicas se veem forçadas a concorrer pelos patrocínios privados para fazer pesquisa (básicas). Ao mesmo tempo, os fundos privados tendem a ser investidos na pesquisa que promete ser rentável, o que leva à diminuição do financiamento para as áreas de pesquisa que podem ser importantes, mas não consideradas economicamente rentáveis. As instituições educativas e os participantes são avaliadas sobre a base da rentabilidade econômica e, com frequência concorrem para receber fundos públicos adicionais em função destes critérios.
- Nos opomos à priorização das subvenções para a pesquisa que gerem ingressos por cima da educação e a pesquisa básica
- Nos opomos a qualquer atividades para o exército dentro das instituições educativas:
-nenhuma pesquisa para fins especificamente militares
– nenhuma recrutamento e atividade publicitária para o exército
Lutamos para quê?
- CONTEÚDO:
– uma educação gratuita e emancipatória como direito humano. A educação deve trabalhar principalmente pela emancipação do indivíduo, o que significa: estar habilitado para refletir criticamente e compreender as estruturas de poder e seu ambiente circundante. A educação não deve servir só para a emancipação do indivíduo, mas da sociedade em seu conjunto
– a educação como um bem público ao serviço de interesses públicos
– liberdade acadêmica e eleição: a liberdade de cursar qualquer disciplina educativa.
- ACESO:
– livre de mecanismos monetários de pagamento por parte dos participantes e qualquer tipo de discriminação e exclusão e, portanto, livre aceso a todas as pessoas
– financiamento suficiente para todas as instituições educativas públicas, que sejam consideradas rentáveis ou não.
- ESTRUTURA:
– todas as entidades e instituições educativas devem ser democraticamente estruturadas, o que significa a participação direta começando por baixo, como base para a tomada de decisões.
Por que nos níveis local e global?
Os impactos do atual sistema econômico mundial criam lutas no mundo todo. Quando se pressiona localmente para influir em nossa política e legislações individuais, locais e regionais, devemos estar sempre conscientes da natureza global e estrutural de nossos problemas e aprender, uns dos outros, táticas e experiências na organização e o conhecimento teórico. Pode se conseguir mudanças em curto prazo no nível local, mas uma mudança para valer só será possível se nos unirmos mundialmente.
Os sistemas educativos no mundo todo fazem o que se pretende fazer dentro do(s) sistema(s) económico e estatal: selecionar, formar e criar a ignorância e a submissão. Nos unimos para um sistema educativo diferente e uma vida diferente.
Estamos unidos em contra de qualquer tipo de repressão por parte dos governos no mundo dirigida às pessoas envolvidas na luta por uma educação gratuita e emancipatória.
Nós, os grupos e indivíduos que apoiamos esta declaração, nos comprometemos a difundi-la, e participar ativamente nos esforços futuros para unir mundialmente redes e grupos de ativistas na educação.
Se você quiser apoiar este comunicado e que teu grupo ou organização apareça a continuação só tem que enviar um correio eletrônico para [email protected]
Para mais informação, visite: http://ism-global.net/ism_es