Por Arielli Secco.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb) continuava em estado de greve desde as últimas paralisações. A categoria não aceita a proposta de reajuste salarial feita pelo Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf).
A audiência desta quinta-feira (4) foi conduzida pelo relator do processo, o desembargador Gilmar Cavalieri. A pauta de reivindicações dos trabalhadores tem 78 itens, dos quais o que gera maior controvérsia é a redução da carga horária para 6 horas diárias e aumento real de 5% no salário, além do reajuste do valor do tíquete-alimentação.
Impasse
Ricardo Freitas, negociador do Sindicato dos Trabalhadores em TransporteUrbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros daRegião Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb), disse que desde o fim da greve a direção não foi procurada pelos empresários e que não houve qualquer iniciativa de negociação.
– A categoria mantém posicionamento contrário ao julgamento do dissídio. Um conflito não se resolve pela mão do Estado -, afirmou Ricardo.
Ao ser questionado, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes daSilva, disse que ostrabalhadores deixaram claro que não haveria negociação sem redução da jornada o que, no entendimento dos empresários, não épossível neste momento.
O desembargador chegou a propor que fossem mantidas as cláusulas negociadas no ano passado, com os reajustes dos salários, enquanto poderiam continuar as negociações de reduções de jornada, mas as partes não concordaram.
Dissídio
A decisão foi prorrogada para segunda-feira (8), às 13h30min, e será feita pelos desembargadores da Seção Especializada I do TRT-SC, que analisarão as cláusulas da convenção coletiva dos trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis.
A audiência frustrada gerou uma nova paralisação no meio da tarde desta quinta-feira (4).
