O Ministério das Relações Exteriores da Síria declarou nesta segunda-feira (25/03) que o reconhecimento da soberania de Israel sobre colinas de Golã feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representa uma agressão contra a nação.
“O presidente dos EUA reconheceu a anexação [do território das colinas] do Golã sírio pela entidade sionista de ocupação em uma flagrante agressão à soberania e à integridade territorial da República Árabe da Síria, fechando os olhos para todas as reações internacionais que condenam essa resolução”, afirmou a chancelaria síria por meio da agência estatal SANA.
Horas antes, o embaixador do país na China, Imad Mustafa, declarou que a Síria ” se reserva ao direito de tomar todas as medidas possíveis para defender sua soberania sobre a colina de Golã”, e que “mantém seu direito inalienável de recuperar Golã sob sua soberania, e que não descarta nenhuma medida, seja diplomática ou outra”.
O ministério das Relações Exteriores da Síria ainda afirmou que Trump “não tem o direito ou a capacidade legal para legalizar a ocupação ou usurpação de outras terras à força, e essa política hostil dos EUA faz a região e o mundo sujeitos a todos os perigos”.
A Rússia se manifestou através da ministra de Relações Exteriores, María Zajárova, no qual afirmou que a mudança de Golã significa uma “violação direta ao Conselho de Segurança da ONU”.
Colinas de Golã
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu nesta segunda-feira (25/03) a soberania de Israel sobre as colinas de Golã, região rica em recursos hídricos tomada da Síria em 1967.