Na tarde de quarta-feira, 19, já eram contabilizadas mais de 868 escolas, institutos federais e universidades ocupadas por estudantes em luta permanente pelo direito à educação de norte a sul do país.
O número de instituições ocupadas cresce rapidamente em todos os Estados. Este movimento crescente tem sido chamado de Primavera Secundarista, que tem na luta contra a PEC 241, a MP da Reformulação do Ensino Médio e a Lei da Mordaça, como as principais bandeiras de luta.
O grande estopim da Primavera Secundarista tem sido as propostas do governo ilegítimo que não correspondem aos anseios dos estudantes, os quais encontram na luta e resistência uma importante ferramenta para garantir seu futuro e garantir o direito à Educação.
Para a jovem camponesa do MPA, Fabiane Bertoldo, “a nossa juventude vem sofrendo várias transformações neste processo que estamos vivenciando, por isso a formação e participação da nossa juventude do campo é muito importante neste momento, nosso desafio agora é a formação para estes jovens. Onde a conjuntura em que estamos, eles estão de fato preocupados com o que vai ser do nosso futuro e cientes que o governo Temer quer implantar a PEC 241, que é um retrocesso na nossa educação, na saúde e outras áreas, se isso acontecer é mais de 20 anos de opressão para o nosso povo”, lembra a jovem camponesa dos motivos que fazer os estudantes ocuparem as instituições de ensino. Em diversos Estados os jovens camponeses do MPA têm se somado nas ocupações, como Piauí, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná e Rondônia, número este que deverá crescer ainda mais.
“Nossa juventude camponesa está pautando para colocar nossos direitos em prática e sair do papel. Colocar para os demais jovens que campo e cidade precisam estar unidos, porque juntos somos mais fortes. Como nós sempre falamos em nossas palavras de ordem, juventude é fogo no pavio, é fogo no pavio”, afirma Fabiane.
Diante do posto, os camponeses e camponesas do MPA manifestam seu apoio e soma-se aos estudantes que estão em luta em todo Brasil, manifestando seu descontentamento e indignação contra a PEC 241, a tentativa de censurar as escolas por meio do PL “Escola Sem Partido” e pelas propostas impostas à educação, destruindo todas as possibilidades de construção do ser humano, deixando apenas o que se faz necessário para preparar tecnicamente os indivíduos, os quais terão como horizonte somente prestar serviços ao Capital.
O Movimentos do Pequenos Agricultores manifesta que esta é uma luta da Classe Trabalhadora, e portanto, é uma luta do Movimento dos Pequenos Agricultores. Por essa razão, todo apoio aos estudantes que estão em luta ocupando as escolas, institutos e universidades de norte a sul deste país.
Para você que quer estar atualizado quanto aos ocupações, manifestações e ações dos estudantes, a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) tem feito um mapa das escolas, institutos e universidade ocupadas é só acessar aqui.
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Fonte: MPA.