É, os tempos são outros mesmo.
Como todos sabem, está prevista uma mobilização nacional para esta sexta-feira, 28, para protestar contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo Governo Federal.
Em Blumenau a mobilização promete ser forte entre os servidores públicos e no transporte coletivo (os trabalhadores decidirão nesta quarta-feira de quanto tempo será a paralisação). Algumas agências bancárias talvez tenham problema de atendimento e o sindicato dos trabalhadores têxteis promete mobilizações.
Agora chama a atenção o posicionamento do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Regional de Blumenau. Em nota direcionada aos professores da instituição, posiciona-se, olhando o seu umbigo:
“A reforma da previdência não atinge o regime da FURB, pois ela não é regida pela CLT, mas sim por estatuto próprio” e “Todavia, nós pagamos (e caro) para termos aula. Nada mais justo que querer os professores em sala de aula, né!?” são algumas das afirmações do DCE.
Ou seja, as lideranças estudantis não acham importante o debate. Parecem que não terão que encarar o mercado de trabalho e nem aposentar-se. As reformas são importantes, mas não podem ser enfiadas goela abaixo. E para que isso não aconteça é preciso mobilização.
O DCE da FURB entende que “não é com eles”.
Por fim, sobre os tempos serem outros. Em março, foi sancionada a lei que autoriza o repasse pela Universidade de R$ 100 mil para o Diretório Central dos Estudantes. Não é a primeira vez, mas confirma a mudança de mentalidade.
Segue, na íntegra, o texto do DCE.
Greve em horário de aula não
Como muitos já devem saber, está prevista uma greve geral para sexta-feira (28/04) contra a reforma da previdência. Ouvimos rumores de que alguns professores da universidade pretendem cancelar suas aulas nesse dia para participar do movimento.
- Reconhecemos o direito constitucional à greve e apoiamos manifestações civis. Todavia, nós pagamos (e caro) para termos aula. Nada mais justo que querer os professores em sala de aula, né!?
- A reforma da previdência não atinge o regime da FURB, pois ela não é regida pela CLT, mas sim por estatuto próprio.