Andes: Cultura e história marcam abertura do 36º Congresso

Assessoria de Imprensa do ANDES.- A Plenária de Abertura do 36º Congresso Nacional do ANDES-SN foi marcada pela cultura do povo cuiabano e por discursos que reforçaram a necessidade de intensificar a resistência dos trabalhadores. Antes do início da mesa, o grupo Flor de Atalaia apresentou o siriri cuiabano aos participantes do evento. Criado em 2003, o grupo reúne crianças, jovens e adultos, que cantam e dançam o ritmo típico cuiabano. Em seguida, Abel Anjos, docente da área de música da UFMT, apresentou aos docentes a viola-de-cocho, instrumento tradicional do Mato Grosso do qual ele é um dos grandes divulgadores.

Em seguida, foi composta a mesa com representantes da reitoria da UFMT; do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); do Diretó- rio Central dos Estudantes (DCE) da UFMT; da Fasubra; do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST); do Sinasefe; do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS); da Auditoria Cidadã da Dívida; da CSP-Conlutas; da Regional Pantanal do ANDES-SN; e da Adufmat-SSind. Reginaldo Araújo, presidente da Adufmat-SSind, lembrou um pouco da história da seção sindical e ressaltou as contradições sociais e políticas do Mato Grosso e de sua capital. “Cuiabá é uma cidade de contradições e resistências. A região se desenvolveu com a extração de ouro e de força de trabalho indígena, e hoje vive do agronegócio, o que faz da disputa pela terra uma questão fundamental do Mato Grosso”, disse.

 Eblin Farage, presidente do ANDES- -SN, lembrou que 2017 é o ano do centenário da Revolução Russa e da primeira Greve Geral do Brasil. “É importante iniciar esse congresso rememorando a luta dos trabalhadores de todo o mundo, que, por seus erros e acertos, tem muito a nos ensinar”, disse. “2016 foi um ano muito duro e o ANDES-SN não se furtou a fazer os embates necessários em defesa dos direitos sociais”, completou. “Temos que ser capazes de reagir à altura dos ataques em 2017. Temos que barrar a contrarreforma da Previdência, uma das mais cruéis da nossa história, que põe fim a direitos historicamente conquistados. É cruel em sua essência, com quem constrói esse país”, criticou.

Eblin terminou sua intervenção falando da importância da unidade na luta que o ANDES-SN deve construir com as demais categorias da classe trabalhadora e com a juventude. Após a exibição de um vídeo alusivo ao centenário da Revolução Russa e da primeira Greve Geral do Brasil, em memória aos 50 anos do assassinato de Che Guevara e à morte de Fidel Castro em 2016, além da apresentação da Internacional – hino da luta dos trabalhadores em todo o mundo, tocada com viola-de-cocho e clarinete, e cantada pelo professor Roberto Boaventura, acompanhado por todos os participantes.

Eblin Farage declarou então, aberto o 36º Congresso do ANDES-SN.

Fonte: Andes.

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