Cuba cura quase 80 por cento das crianças com leucemia

Foto: Ahmed Velázquez
Foto: Ahmed Velázquez

Tradução: Elissandro dos Santos Santana, para Desacato.info.

Quase 80% das crianças com leucemia em Cuba foram curadas desse tipo de câncer, o mais frequente na infância no mundo, afirmou o doutor Sergio Machín, especialista em Hematologia e chefe da Clínica Pediátrica do Instituto de Hematologia e Imunologia (IHI), que explicou que esta conquista é comparável com a de nações desenvolvidas, a qual é resultado do alcance social do sistema nacional de saúde.

Esclareceu que a leucemia linfoide aguda (LLA) é a doença maligna mais comum nesta faixa etária e a primeira que se tratou com um protocolo integrado por 14 países, incluindo Cuba. Destacou que isso faz parte de um estudo internacional formado por pesquisadores de diferentes partes do mundo. Entre os países da América Latina estão também Argen­tina, Chile e Uruguai, em parceria com os de outros continentes, fundamentalmente, da Europa.

Existem vários protocolos no IHI desde os anos 70, quando se começava o tratamento das leucemias e foram incorporando novas formas de tratamento que haviam chegado até a atualidade que começou em 2009 e conseguiu este nível de cura, sinalizou.

A rede nacional para o tratamento de doenças hematológicas malignas em crianças está distribuída por sete instituições no país, duas delas em Havana e uma em Pinar del Río, Villa Clara, Camagüey, Holguín e San­tiago de Cuba. Existem vários tipos de leucemia, porém se dividem em dois grandes grupos, linfoides e não linfoides. A primeira também chamada de leucemia linfoblástica aguda, o câncer mais frequente na criança, advertiu o médico.

Anualmente, são diagnosticados aproximadamente 70 casos de leucemia no país e 75 por cento são linfoblásticos; todos com possibilidade de tratamento com cura da doença, frisou. O doutor Machín disse que a linfoide aguda tem de 70 a 80 por cento de possibilidades de cura, pois as crianças conseguem chegar à fase adulta com uma vida normal, disse.

A leucemia resulta de uma enfermidade maligna, na qual existe uma proliferação não controlada de algum tipo de célula na medula óssea que afeta a produção normal de sangue e, dessa forma, a produção de glóbulos vermelhos, leucócitos e plaquetas. Essa condição não é contagiosa, nem é herdada, mas há uma predisposição genética para doenças malignas, disse ele.

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Fonte: Granma.

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