CSA volta a poluir casas no entorno da siderúrgica

Pó prateado expelido pela fábrica

Por Douglas Corrêa.

Pó prateado expelido pela fábrica atingiu casas no entorno da siderúrgica.

Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estiveram nessa quarta-feira nas instalações da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) Thyssen-Krupp, em Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense, verificando denúncia feita por moradores sobre um pó prateado expelido pela fábrica que atingiu casas no entorno da siderúrgica.

A chuva de prata é um material em partículas, proveniente da produção de ferro-gusa, que já atingiu as moradias da região por diversas vezes. A presidenta do Inea, Marilene Ramos, vai divulgar hoje o resultado da vistoria feita nas instalações da CSA. Caso seja constatada, a reincidência de crime ambiental, o órgão anunciará as medidas a serem adotadas contra a companhia.

A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) explicou, em nota, que com o tempo seco e as rajadas de vento de ontem pela manhã, o sistema que deixa o grafite úmido “não foi suficiente para impedir a suspensão das partículas”.

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Em agosto de 2010, o Inea multou em R$ 1,8 milhão a CSA por poluir o ar no entorno da siderúrgica com pó de prata. Em janeiro de 2011 – após outro acidente – a siderúrgica voltou a ser multada. Desta vez, em R$ 2,8 milhões. Além disso, a CSA também foi obrigada a pagar uma compensação indenizatória de R$ 14 milhões, que vem sendo investidos em obras na região, em saúde, controle de inundação e ressarcimento aos pescadores da Baía de Sepetiba.

Em abril de 2012, a companhia assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e o Inea. A CSA assumiu o compromisso de modernizar o processo de produção para evitar novos danos ao meio ambiente na região.

Edição Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil

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