Por Márcio Luiz Rosa.
O prefeito do Rio, um homem criado nas hostes religiosas, emergiu como prefeito da cidade suscitando muitas dúvidas: o que faria um pastor da Igreja Universal e uma cidade de espírito livre e democrático como o Rio de Janeiro? Com todo o direito reservado aos homens que pensam, os homens que pensam pensaram no pior: este cara vai querer transformar isso aqui em um ambiente careta tal e qual o mundo evangélico!
Parecia exagero? Parecia. Eu mesmo, cá desta barricada, dei um tanto assim de crédito ao sujeito: “vamos esperar. Vamos esperar!”
Mas tá difícil. Quando, em uma gestão contaminada pelo campo religioso, este tipo de questão é colocada…. há pouco, muito pouco a se salvar.
Qual a razão de submeterem guardas municipais a um censo onde se questiona sua religião? Que importância isso tem?
É dito que os guardas municipais ocupam uma área de lazer que era destinadas a todos os servidores, em especial professores, hoje proibidos de acessar. Se verdade ou não, esperamos a resposta. Mas que há coisas estranhas, há.
Em sua defesa Crivella diz que o censo foi feito pela Guarda e que nada teve a ver com esta história. Então o prefeito está obrigado a afastar o atual comandante da Guarda, coronel Paulo César Amêndola, por conta da má condução da sua gestão – que, neste caso, comprometeria a imagem do prefeito. E aí, Crivella?
Houve guarda municipal que, na dúvida, disse ser evangélico embora professasse a fé espírita. Tudo por medo de represália.
Fonte: Conexão Jornalismo.