Redação.- Há poucos minutos, a presidenta da Argentina falou em cadeia nacional e anunciou importantes medidas. O país está comovido pelo suicídio do fiscal Nisman, encarregado de investigar o atentado à AMIA, uma associação judaica. Após 20 anos ainda não há nenhum responsável condenado e o fiscal não avançou na causa.
O fiscal se suicidou um dia antes de se apresentar no Congresso para ser interrogado sobre a sua denúncia contra a presidenta Kirchner e o chanceler Héctor Timerman, acusados por Nisman na quarta-feira passada de acobertar o Irã por seu suposto envolvimento no atentado contra a AMIA que deixou 85 mortos e 300 feridos em 1994.
Cristina disse que há que reformular o Poder Judiciário na Argentina. “Não se pode sitiar a democracia”, sentenciou e anunciou a dissolução da Secretaria da Inteligência, mais conhecida como ex-SIDE. No seu lugar criará-se a nova Agência Federal de Inteligência através de um projeto de lei que será enviado ao Congresso, convocado a sessões extraordinárias a partir de 1 de fevereiro. A Agência Federal de Inteligência dependerá do Ministério Público, ministério que também tomará conta do sistema de escutas telefônicas.
“Isto é uma dívida da democracia desde o ano 1983. É minha vez de fazer a reforma”, disse a Presidenta argentina.
