Cresce temor de perda de leitos de UTI pagos pelo Ministério da Saúde

Gestores estaduais dizem que leitos habilitados podem zerar até março; pasta deve apresentar solução temporária

Foto: John Moore/Getty Images

O número de leitos de UTI habilitados pelo Ministério da Saúde para o tratamento da covid-19 (ou seja, passíveis de recebimento de recursos federais) estão em queda nas últimas semanas, e a tendência é que eles sejam zerados em meados de março.

Os números integram balanço do Conass (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde), que leva em consideração os dados do Ministério da Saúde e as datas de vencimento de portarias de habilitação de leitos publicadas pela pasta.

Cada habilitação costuma durar 90 dias e, quando se consideram as datas de vencimento das portarias vigentes, o total de leitos disponíveis cairia para 4.542 em 23 de fevereiro, 3.372 em 3 de março e zero no dia 21 do próximo mês. Ao longo da epidemia, 19,8 mil leitos de UTI chegaram a ser habilitados pelo ministério.

Caso novas medidas não sejam adotadas, o custeio de tais leitos deve ser de responsabilidade dos estados e municípios, que apontam dificuldades de financiamento e risco de fechamento de parte de tais leitos, dentro de um cenário de agravamento da pandemia de covid-19. Esse grupo tem pedido apoio para manutenção e financiamento de tais leitos desde o final de 2020.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, tanto o risco de redução como a falta de recursos foram negados pelo Ministério da Saúde, e que deve apresentar uma proposta de solução temporária a secretários estaduais e municipais da área.

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