Paralisação já dura cinco dias. Sindicato diz que ameaça não vai reduzir o movimento.
Por Róbinson Gambôa.
Paralisação tem manifestações em frente à agência central, em Florianópolis.
A direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), divulgou nesta quinta-feira (26) que irá descontar os dias parados dos trabalhadores que aderiram à greve da categoria, iniciada há cinco dias na maioria dos estados brasileiros. Segundo a ECT, a legislação prevê que a greve implica na suspensão do contrato de trabalho.
Segundo a nota, a empresa ainda poderá voltar atrás em sua decisão se os sindicatos envolvidos nas negociações assinarem o acordo até esta quinta-feira (26).
De acordo com a ECT, 92,73% dos empregados seguem trabalhando em todo o País. Em Santa Catarina, o índice chega a 90,26%, ou 3.965 trabalhadores. Os números são apurados por meio de sistema eletrônico de presença.
Na rede de atendimento, apenas o sedex segue disponível aos usuários. Serviços como postagem, entrega e coleta de encomendas com hora marcada seguem inativos.
A empresa alega que a Federação que reúne os sindicatos se recusou a dialogar durante a audiência de conciliação no TST e preferiu deflagrar paralisação parcial, levando ao dissídio.
Em Florianópolis, o diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect/SC), Jacson Santos, comentou a ameaça dos descontos em folha feita pela Empresa.
– Estamos em greve para tentar conseguir melhores condições de trabalho e melhores salários. Não queremos discutir o desconto. Se fosse pra discutir isso nem se entrava em greve. Sabemos dos riscos, mas o maior risco é que querem acabar com o nosso plano de saúde. Se prometerem não nos castigar com essa mudança e proporem um salário digno, voltamos ao trabalho imediatamente -, salientou.
Foto: Felipe Correa Franzoi/Tudo Sobre Floripa
Fonte: Tudo sobre Floripa