Coreia do Norte tenta, mas falha lançamento de míssil

Os chefes do Estado-maior da Coreia do Sul revelaram que o seu vizinho beligerante, a Coreia do Norte, tentou lançar um míssil na madrugada deste domingo nas imediações de Sinpo, na costa Leste do país. Os militares do Sul acreditam, no entanto, que a iniciativa de Pyongyang falhou.

“O Norte tentou lançar um míssil não-identificado perto da região de Sinpo esta manhã, mas suspeita-se que tenha falhado”, informou o gabinete conjunto dos chefes do Estado-maior da Coreia do Sul, numa nota citada pela Reuters. Sem grandes detalhes, Seul diz que continuará a analisar a situação.

“O míssil rebentou quase instantaneamente”, explicou à Reuters Dave Benham, um porta-voz militar norte-americano, acrescentando que ainda está a ser determinado qual a tipologia do míssil lançado.

Este teste balístico surge horas antes da visita do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, à Coreia do Sul para debater os programas de armas levados a cabo pelo regime norte-coreano. Segundo a Reuters, o vice-presidente encontra-se a par do sucedido e tem estado em contacto com o Presidente Donald Trump.

A Reuters recorda que regime liderado por Kim Jong-un – que neste sábado celebrou o 105.º aniversário do fundador da dinastia, Kim Il-sung, com uma exibição do seu poderio militar – lançou um míssil da mesma região no início do mês.

O Wall Street Journal escreve que esta tentativa é uma prova da confiança da Coreia do Norte, mesmo depois dos avisos de Trump a respeito do belicismo dos norte-coreanos. Já anteriormente, na terça-feira, a Coreia do Norte tinha reagido às ameaças de Trump ao afirmar-se “preparada para reagir a qualquer tipo de guerra desejado pelos EUA”, nas palavras de um porta-voz dos Negócios Estrangeiros de Pyongyang.

Durante a parada deste sábado, Choe Ryong-hae, considerado o número dois do regime norte-coreano, acusou os EUA de criarem uma “situação de guerra” na região e de criarem uma “grave histeria militar”. “Se tentarem uma guerra total, responderemos com uma guerra total. Se começarem uma guerra nuclear, responderemos com o nosso estilo de ataques nucleares”, declarou.

No fim-de-semana, após o encontro na Florida com o Presidente chinês, Xi Jinping, Donald Trump tinha dado ordens para que o porta-aviões USS Carl Vinson e outros navios de guerra americanos invertessem a marcha que os levaria à Austrália e se dirigissem à península coreana, no Pacífico. Além do poder de ataque maciço, o grupo transportador tem a capacidade de interceptar mísseis balísticos.

Fonte: Público

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