A Copa América 2021, apadrinhada pelo presidente Jair Bolsonaro em pleno repique da pandemia do novo coronavírus no Brasil, tem ajudado a alastrar as contaminações entre pessoas envolvidas com a competição. Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com apenas dois dias de jogos, o torneio já registra 41 casos de Covid-19.
Deste total, 31 foram detectados em atletas e membros das delegações. Outros dez casos ocorreram em prestadores de serviços contratados pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Todas as ocorrências foram em Brasília.
Até agora, o Ministério da Saúde diz ter feito 2.927 testes de RT-PCR para o torneio. Os prestadores de serviço da Conmebol foram detectados com o novo coronavírus após contato com delegações estrangeiras que chegaram à capital do País para participar da Copa América.
Na seleção venezuelana – que chegou ao Brasil na sexta-feira (11) –, ao menos 13 integrantes tiveram o teste positivo, entre atletas e membros da comissão técnica. O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal atuam no monitoramento dos funcionários de hotéis que mantêm contato com delegações estrangeiras.
Além da Venezuela, outras seleções também registraram contaminações. Na seleção boliviana, por exemplo, são quatro casos positivos. Os jogadores não participaram do duelo de estreia na Copa América, nesta segunda-feira, contra o Paraguai, em Goiânia (GO).
A Copa América de 2021 veio para o Brasil depois que Colômbia e Argentina desistiram de sediar o evento. A vinda do torneio para o País foi fruto de um acordo entre a Conmebol e o governo do presidente Jair Bolsonaro, intermediado pela Confederação Brasileira de Futebol, a CBF.
Na última semana, o Ministério da Saúde divulgou protocolos de segurança para a Copa América, destacando regras para cada momento da permanência das equipes – da chegada ao Brasil até o retorno aos países de origem. Os atletas deverão permanecer nos hotéis onde estiverem hospedados e só poderão deixá-los para treinar. Eles também precisarão fazer testes de Covid a cada dois dias.
Com informações do Estadão