Roda de conversa
Exposição em diálogo com a maternidade
A exposição Teia de Afetos, da artista Silvana Macêdo, que fica aberta até o dia 26 de maio em O Sítio, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, além de reunir trabalhos artísticos também propõe ações. A mostra reúne a série fotográfica Devoção e a videoinstalação multicanal Sombra de Névoa. O projeto expositivo, que tem a curadoria de Juliana Crispe, contempla uma roda de conversa com cinco convidadas. Nesta quinta, dia 17, a partir das 19h30, as doulas Gabriela Zanella e Virginia Vianna, as artistas Ana Sabiá, Bruna Mansani e a pesquisadora de dança Ida Mara Freire abordarão o tema Mitos e Verdades sobre a Experiência Materna Contemporânea.
Por Néri Pedroso.
Evento aberto ao público, gratuito, a roda de conversa propõe reflexões e partilha de experiências maternas. Gabriela e Virginia abordam a importância da doula no cenário da assistência obstétrica e do seu papel na prevenção da Violência Obstétrica (VO) e das ações políticas e sociais no combate à VO.
A metodologia, bem simples, consiste na apresentação de imagens, exposição dialogada de ideias, seguida de debate com o público no sentido de estabelecer uma reflexão crítica sobre a realidade da experiência materna justo no mês de maio em que a imagem idealizada da mãe e mitos patriarcais são explorados quase que exclusivamente para fins comerciais. A intenção é a de criar um contraponto a tais visões simplistas e abrir espaço para discussões sobre os problemas, desafios e alegrias envolvidas na maternidade.
Sobre a artista:
Silvana Macêdo – artista visual que pesquisa o diálogo entre arte, ciência, natureza e tecnologia. Mais recentemente desenvolve pesquisas na área de maternalismos, gênero e feminismos. Professora do Departamento de Artes Visuais e Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), atua nas áreas de pintura, vídeo, instalação e fotografia. Doutorado em Artes Visuais, UNN – Northumbria University, Newcastle Upon Tyne, UK (2003). Aprofundou suas pesquisas sobre tecnologia de telepresença em seu trabalho de pós-doutorado sob orientação da professora doutora Diana Domingues na Universidade de Caxias do Sul, em 2005.
Foto: Silvana Macêdo
Sobre a curadora:
Juliana Crispe – artista visual, professora, arte educadora. Professora do Centro de Artes (Ceart) da Universidade de Santa Catarina. Realiza pesquisas, exposições, oficinas, workshops, orientações artísticas, curadorias, projetos educativos, cursos de educação continuada. É doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-doutoranda no PPGAV da Udesc. Diretora do Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza.
Sobre as convidadas:
Ana Sabiá – artista visual, fotógrafa e pesquisadora. Doutoranda em artes visuais pela Udesc. Mestra em psicologia social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Como fotógrafa vem participando de exposições e festivais de fotografia em São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Atualmente, desenvolve pesquisas abrangendo corpo e autorrepresentação como estratégia de problematização do feminino através da fotografia contemporânea.
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Bruna Mansani – atua principalmente nos temas: situação, performativo, procedimento. Mãe da Cibele, professora de artes visuais pela rede municipal de ensino, mestre em artes visuais pelo Centro de Artes da Udesc. Atualmente, com a experiência de um ano e dez meses de maternidade, tem buscado abranger, incorporar, assimilar e se relacionar em real interesse com as outras atividades do mundo, ao mesmo tempo em que percebe a possibilidade da arte como expressão da intensidade da própria experiência.
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Gabriela Zanella – doula, presidente da Associação de Doulas de Santa Catarina (Adosc), fisioterapeuta, pós-graduada em saúde coletiva e graduanda em enfermagem.https://www.facebook.com/
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Ida Mara Freire – graduação em pedagogia pela Universidade Metodista de Piracicaba (1984), especialização em dança cênica pela Udesc, mestrado em educação especial (Educação do Indivíduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos, doutorado em psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1995), pós-doutorado em tópicos específicos da educação (Disability Arts) pela University of Nottingham (2002). Pós-doutorado na área de dança na Universitiy of Cape Town (2011-2012). Professora aposentada da UFSC. Tem experiência na área de educação e dança. Pesquisa sobre os temas: alteridade, arte, cegueira, corpo, dança, África do Sul e teologia contemporânea. Autora do site Danças Invisíveis e Outras Corpografias. www.idamarafreire.com.br
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Virginia Vianna – mãe de João, Augusto e Maria Luiza. Doula, Educadora perinatal, militante pela humanização do parto e nascimento e dos direitos sexuais e reprodutivos. Psicóloga com experiência em estudos de corpo e gênero, saúde mental e psicologia perinatal. Coordenadora de rodas de acolhimento e informação sobre temas relacionados à sexualidade, maternidade e puerpério. Co-fundadora e membra da diretoria da Adosc.
Sobre a exposição:
A mostra Teia de Afetos, que segue até o dia 26 de maio, reúne a série fotográfica Devoção e a videoinstalação multicanal Sombra de Névoa. O trabalho Devoção se constitui de fragmentos de sua experiência materna em diálogo com o cotidiano de outras duas amigas, também mães artistas. Ao dar visibilidade ao espaço íntimo da moradias, a série fotográfica revela atos diários devocionais que sugerem de modo subjacente uma negociação constante entre necessidades pessoais e profissionais, com o tempo e o cuidado dedicados aos filhos. Na teia invisível de afetos se constitui o elo estruturante da criação. “A criação artística e a criação de filhos, que se dá no meio de um turbilhão de emoções, tarefas, dores, frustrações, culpas, preocupações, incertezas e desejos”, diz Silvana.
A delicada teia entre mãe e filho transcende até mesmo a vida material. A resiliência é o tema central da videoinstalação Sombra de Névoa, que, através de um sonho, revela o momento traumático da perda da mãe por uma criança, que penetra num espaço que separa a vida e a morte, tenta compreender o grande abismo estabelecido. A fluidez da memória e dos espaços subconscientes são refletidos nas imagens subaquáticas que compõem os vídeos. O título do trabalho se baseia em um verso do poema Eu, de Florbela Espanca: “(…) Sombra de névoa tênue e esvaecida,/E que o destino amargo,/triste e forte,/Impele brutalmente para a morte!/Alma de luto sempre incompreendida!…”.
Serviço:
O quê: Exposição Teia de Afetos, de Silvana Macêdo
Quando: Até 26.5.2018, quartas, quintas e sextas, 10h às 21h; sábados, 14h às 20h
Onde: O Sítio, rua Francisca Luísa Vieira, 53, Lagoa da Conceição, Florianópolis, tel.: (48) 3065-5792
Quanto: Gratuito
Teia de afetos: Silvana Macêdo
Serviço:
O quê: Roda de Conversa Mitos e Verdades sobre a Experiência Materna Contemporânea
Quando: 17.5.2018, 19h30 às 21h30
Onde: O Sítio, rua Francisca Luísa Viêira, 53, Lagoa da Conceição, Florianópolis
Quanto: Gratuito
Organização: O Sítio
Apoio: Programa de Pós-graduação de Artes Visuais (PPGAV), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc)
Contatos:
Ass. imprensa: NProduções Néri Pedroso (jorn.) [email protected] Skype: neripedroso (48) 9-9911-9837 (Tim)/3248-4158 Facebook: Néri Pedroso/ Silvana Macêdo: (48) 9-9690-0395 [email protected]/ Juliana Crispe (48) 9-9952-397 [email protected]
Foto de capa: Silvana Macêdo