Contraf Brasil segue fiel em defesa da democracia

A agricultura familiar segue mobilizada contra o atual modelo repressor de governo e em busca de garantir uma vida digna a classe trabalhadora

Patrícia Costa – CONTRAF BRASILCONTRAF BRASIL, FETRAFs e SINTRAFs em POA

 Por Patrícia Costa.

No dia 24 de janeiro de 2018, o mundo inteiro acompanhou mais um golpe antidemocrático ocorrer no Brasil e nossa história ser marcada por mais uma perseguição política apoiada pelo Judiciário brasileiro. O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4, em Porto Alegre, sem provas concretas, foi utilizado para dar continuidade à um golpe que começou em 2015 com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De lá até hoje, após Michel Temer assumir o poder, todas as articulações políticas da bancada de direita foram armadas para cumprir com o pacote de maldades contra o trabalhador, como uma forma de pagamento aos que apoiaram o golpe.

Em menos de 2 anos de governo Temer já foram aprovados: o congelamento do orçamento público por 20 anos; o corte no orçamento público em programas que são fundamentais para acabar com as desigualdades sociais; o fim de programas como o Minha Casa Minha Vida Rural; a reforma trabalhista que na verdade retirou o direito dos trabalhadores; a aprovação do projeto de lei que regulamenta a terceirização sem limites no país; a abertura do pré-sal aos estrangeiros; a reforma do ensino médio sem a discussão com a sociedade, estudantes e professores, que tiraram a obrigatoriedade de disciplinas como Filosofia e Sociologia; o projeto de liberação da venda de terras para estrangeiros; portarias que alteram a demarcação das terras indígenas, gerando mais violência no campo; a negociação para que os norte-americanos possam utilizar a base de Alcântara; as privatizações e desmonte de órgãos públicos como o MDA e o INCRA; e agora a promessa de aprovar em março deste ano a reforma da previdência, que irá dificultar a aposentadoria do brasileiro.

Os retrocessos aprovados destroem direitos que foram conquistados ao longo dos anos pelos movimentos sociais e a classe trabalhadora, inviabilizando a continuidade de uma política que estrava sendo construída com pilares de acabar com a desigualdade social, a fome e a extrema miséria.

A bancada governista usa os poderes da máquina pública para se manter na presidência. Apoiados pela mídia golpista apresentam-se com a imagem de legítimos para manipular e empurrar de goela abaixo, um programa de governo que não tem respaldo nas urnas. Para executar todos os retrocessos sociais, é claro, que em ano de eleições, a bancada da direita e seus aliados teriam que tirar de cena o ex-presidente Lula, já que ele desponta como favorito nas pesquisas eleitorais.

Neste cenário, em Porto Alegre, no dia 24, o Judiciário na verdade acatou uma ordem de um golpe antidemocrático contra os interesses e direitos do povo brasileiro. Acompanhamos um julgamento apoiado em convicções e não provas.

Do outro lado, nós enquanto classe trabalhadora, ocupamos as ruas e o repúdio as ameaças ao Estado democrático foi visto pelo mundo inteiro, através dos relatos da comunicação alternativa e pelas lentes da imprensa internacional. Mais de 100 mil pessoas tentaram, por meio da soberania popular impedir que acusações infundadas fossem dadas como verídicas.

A verdade todos conhecem, que Lula sofre perseguição política. E embora pareça que a repressão política prevaleceu, a luta não acabou e exigimos um Judiciário que salvaguarde os direitos fundamentais e que seja uma estabilizadora das instituições democráticas.

Portanto, reafirmamos nossa defesa pela democracia e seguimos apoiando Lula pela construção, em nosso país, de uma verdadeira DEMOCRACIA, em que haja LIBERDADEPROGRESSO e JUSTIÇA para todos.

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