Compareça ao CEB dia 11/09, e contribua para massificar a Marcha Contra os Cortes e as Reformas no dia 14/09 às 16h30 na Praça Saldanha Marinho!
A educação pública vem sofrendo sucessivos desmontes, junto com um pacote de reformas que consolidam propostas impopulares e que atingem diretamente o serviço público, e consequentemente nossa universidade, UFSM. Projeto de desmonte que já culminou no fim do Ciência sem Fronteiras, congelamento dos investimentos por 20 anos na Educação e Saúde, Reforma do Ensino Médio, Escola sem Partido, fechamento de escolas estaduais e municipais, no mês de setembro os professores estaduais do RS receberam apenas R$350,00 do seu salário, entre outros cortes que continuam em ação contra a classe trabalhadora e nós trabalhadores em formação. Nossa universidade já está sendo afetada pelos cortes do governo Temer/PMDB, somente na educação pública o corte já chega a R$4,3 bilhões – cifras que vem crescendo desde 2015 quando o governo Dilma/PT também cortou 47% do orçamento.
Neste cenário, a assistência e permanência estudantil vem sendo sucateada e está sofrendo vários ataques. O Restaurante Universitário não comporta mais o número de estudantes da UFSM por conta de sua estrutura física precária, os/as estudantes são submetidos a filas gigantes diariamente e com isso a reitoria traz a proposta do agendamento obrigatório, dificultando ainda mais o acesso, principalmente aos que não tem meios de fazê-lo. A União Universitária convive com a situação de superlotação dos espaços e poucas vagas para uma quantidade grande de estudantes que entram na Universidade por meio do Sisu, sendo que não há verbas para a inauguração de 500 novas vagas necessárias nas Casas do Estudante Universitário (CEU I e II), e isso mostra ainda mais a precarização das condições de moradia estudantil.
As Bolsas Formações acabaram, tendo sido disponibilizadas apenas 487 para todos os cursos de graduação, as quais os cursos técnicos sequer tem oportunidade, limitando o acesso ao conhecimento e exposição de trabalhos feitos por nós estudantes em outras instâncias. Há ainda mais incertezas sobre o caminho de outros programas que auxiliam a formação por falta de verba, como a renovação do plano do PIBID. Não sabemos onde está o dinheiro do PNAES, quais são os gastos e qual é a destinação dessa e outras verbas, devemos assim pressionar a reitoria pela transparência de orçamento. Este ano ainda houve demissão de cerca de 180 trabalhadores terceirizados até maio. A UFSM tinha, aproximadamente, 1,5 mil terceirizados, número que baixou para pouco mais de 1,3 mil.
Diante disto, nós estudantes precisamos nos mobilizar, em unidade com os trabalhadores da categoria docente e técnica, para resistir e lutar contra a retirada de nossos direitos e pelo não sucateamento da assistência estudantil na nossa universidade. Somente ano passado ocorreram mais de mil greves pelo Brasil, ocupações que mobilizaram mais de 1000 escolas e 170 universidades contra a PEC 241 (55) – cujos atuais cortes já nos mostram como está sendo precarizado o serviço público. No cenário atual, estas mobilizações voltam a acontecer nacionalmente e temos, aqui na UFSM, a tarefa de nos colocarmos em luta construindo um calendário de mobilizações que debata os cortes, pressione a reitoria e unifique a luta para derrubar as medidas contra a educação pública e a classe trabalhadora.
Convidamos os/as estudantes a construírem este calendário de mobilizações, pressionando seus diretórios na construção de espaços de debate e se fazendo presente nas assembleias e CEB’s. Chamamos todos e todas para construir o CEB da próxima segunda-feira, dia 11, 17h no Hall do Restaurante Universitário do campus, onde debateremos os caminhos dessa mobilização. Não seremos os únicos a nos movimentar: dia 14/09, quinta-feira, os técnicos administrativos e professores da UFSM, em conjunto com a comunidade educacional (professores estaduais, estudantes, cursos pré-vestibular), se colocarão em marcha contra os cortes na educação e contra as reformas, em ato convocado para as 16h30min, iniciando com uma aula pública.
Devemos nos solidarizar e apoiar esta mobilização, construindo juntos um ato que demonstre aos patrões e seus governos que não iremos aceitar nenhum direito a menos na educação pública, nos posicionamos contra a retirada de direitos dos estudantes e de toda a classe trabalhadora! Contra as reformas, LUTE!
CEB dia 11/09, segunda, 17h no Hall do RU
MARCHA dia 14, quinta, 16h30 na Praça Saldanha Marinho
Fonte: Ocupa UFSM.