Vermelho.- O Observatório Social do Petróleo (OSP) divulgou um levantamento, na terça-feira (8), em que aponta para a queda do consumo do gás de cozinha no último ano do governo Bolsonaro.
De acordo com o observatório, o consumo do GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha, caiu 2,52% em 2022, o que representa a pior marca em dez anos. A situação é derivada do alto preço de venda do botijão de gás de até 13 quilos, que alcançou o maior preço real praticado desde o início da série histórica medida pela Agência Nacional do Petróleo. O valor médio praticado foi de 109,86 reais.
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A alta dos preços fez com que muitas famílias não tivessem como comprar o GLP, buscando maneiras alternativas para cozinhar. Derivada dessa situação calamitosa estão os crescentes números de acidentes e até mesmo óbitos de pessoas que substituíram o gás de cozinha por alternativas mais baratas.
No ano anterior o país inteiro consumiu 5,1 milhões de toneladas de gás de cozinha no botijão até 13 quilos. Segundo o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais, o preço do botijão de 2022, descontado a inflação, foi 49% superior ao período entre 2007 e 2017 – período em que o consumo se manteve estável.
A partir de 2018 começou a tendência de queda que só foi superada em 2020 no auge da pandemia, pois as pessoas ficaram mais em casa. Entre 2007 e 2017 a média de consumo per capita foi de 46,94 m³ a cada mil habitantes, em 2022 foi de 43,52 m³.
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O aumento do preço acima do comum ocorreu após a implementação do Preço de Paridade de Importação, adotado desde Michel Temer.
Para debelar esta crise implantada e sustentada pelos governos anteriores, o governo Lula começa neste mês de fevereiro a pagar novamente o Auxílio Gás, previsto no orçamento da PEC de transição.