Consuelo de Paula encerra circulação do show Maryákoré no MIS em São Paulo

Maryákoré é uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos.

Foto de F. Cabral

No dia 10 de junho (sábado, às 17 horas), a cantora e compositora mineira Consuelo de Paula encerra a circulação do show Maryákoré, com apresentação no MIS – Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, com entrada gratuita. O espetáculo, que tem Consuelo na voz, no violão e na caixa do divino, tem participação do instrumentista Guilherme Ribeiro, no piano e no acordeon.

Além de apresentar seu disco recente, em composições como “Maryákoré”, “Andamento”“Arvoredo” e “Remando Contra a Maré” (parceria de Consuelo com Rafael Altério), o roteiro traz ainda músicas gravadas pela artista, entre outras fundamentais em sua trajetória: “Outro Lugar”“Retina” e “Dança Para Um Poema” (Rubens nogueira e Consuelo de Paula), “Anabela” (Mario Gil e Paulo César Pinheiro), “Adeus Guacyra” (Heckel Tavares e Joracy Camargo), “Piedra Y Camino” (Athaualpa Yupanqui), “Volver a Los 17” (Violeta Parra), “Jequitinhonha” (Lery Faria e Paulinho Assumpção) e “Caicó” (tema popular).

Iniciada em março de 2023, a circulação do show Maryákoré – nome do sétimo álbum de Consuelo de Paula, lançado no final de 2019 – foi apresentada em cinco cidades paulistas: Campinas, Jundiaí, Serra Negra, São Bento do Sapucaí e São Luiz do Paraitinga. As apresentações integram o projeto Maryákoré, de Consuelo de Paula, contemplado pelo ProAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, no Edital Nº 16/2022 – Música Popular / Circulação de Espetáculo.

O CD Maryákoré

Maryákoré é uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. O título pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano). Além de assinar todas as composições, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos e violões e por algumas percussões. É nítida no disco a harmonia entre Consuelo e sua música, com sua poesia, expressão e estética apresentada. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, nota-se a artista imersa em sua história: vida e a arte integrada às canções. O violão, seu instrumento de composição, nesse trabalho revela-se também de maneira ousada e criativa, como parte de seu corpo; e como koré provoca as composições ao mesmo tempo em que comanda e orienta os ritmos que dão originalidade à obra. Consuelo gravou o violão e a voz juntos, ao vivo no estúdio, transpondo para o disco a naturalidade e a energia original das canções. Um desafio que pode ser conferido nas faixas: ora o violão silencia as cordas para servir de tambor, ora se ausenta para deixar fluir a voz à capela. Em outros momentos as cordas produzem somente um pizzicato para acompanhar o movimento da melodia e, às vezes, soa como percussão e instrumento harmônico.

Consuelo de Paula

Com oito discos gravados, Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora musical. Possui músicas gravadas por Maria Bethânia (“Sete Trovas” – CD Encanteria, também lançada em single, em 2021) e Alaíde Costa (“Bem-me-quer” – CD Porcelana, com Gonzaga Leal). Apresentou-se no Gran Rex, em Buenos Aires, foi destaque na capa do Guia Brasilian Music (Japão), que elegeu os 100 melhores discos da música brasileira, e gravou o programa Ensaio, de Fernando Faro (TV Cultura). Consuelo participa dos discos Divas do Brasil (em Portugal, que reúne Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert e outras), Senhor Brasil (ao lado de Rolando Boldrin), Prata da Casa (Sesc SP) e Cachaça Fina (Spirit of Brazil). Assina o roteiro de Velho Chico – Uma Viagem Musical, de Elson Fernandes, no qual interpreta “O Ciúme” (Caetano Veloso), considerada a “gravação definitiva” pelo crítico Mauro Dias (Estadão). Entre os projetos que participou, destaque para: Projeto Pixinguinha (Funarte); Elas em Cena, com Cátia de França e Déa Trancoso; Canta Inezita (show e CD); e livro Retratos da Música Brasileira (Pierre Yves Refalo / 50 anos da TV Cultura e 14 anos do programa Sr. Brasil). Sua discografia teve início com a trilogia Samba, Seresta e Baião (1988), Tambor e Flor (2002) e Dança das Rosas (2004), da qual foi lançada a coletânea Patchworck, no Japão. Em 2011, lançou o DVD Negra, seguido pelos CDs: Casa (2012), O Tempo e O Branco (2015), Maryákoré (2019) e Beira de Folha (2020, em parceria com o violeiro João Arruda). Consuelo também lançou o livro A Poesia dos Descuidos, com cartões de arte de Lúcia Arrais Morales.

Serviço

Show: Consuelo de Paula – em Maryákoré

Data: 10 de junho – sábado, às 17h

Local: Auditório MIS – MIS – Museu da Imagem e do Som

Av. Europa, 158 – Jd. Europa. São Paulo/SP.

Ingressos: Gratuitos – retirar no local a partir das 16h.

Tel.: (11) 2117-4777. Capacidade: 172 lugares.

Duração: 60 minutos. Classificação: Livre.

MIS nas redes: Facebook – @museudaimagemedosom | Instagram – @mis_sp

Consuelo de Paula nas redes:

Facebook: @paginaconsuelodepaula | Instagram: @consuelodepaula

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