Consórcio Siga questiona a redução da tarifa do transporte coletivo

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    Por Ricardo Latorre.

    Na manhã desta segunda-feira (24/06), como já foi amplamente divulgado, o prefeito Napoleão Bernardes reduziu a tarifa do transporte coletivo para R$ 2,75.

    Depois de acatar a uma liminar impetrada pelo vereador Jeferson Forest e reduzir a tarifa dos abusivos R$ 3,05 para os atuais R$ 2,90 graças a isenção do PIS e do Cofins anunciada pelo Governo Federal, Bernardes decidiu isentar as empresas do Imposto sobre Serviços (ISS) para poder reduzir um pouco mais a tarifa a pedido da bancada governista na Câmara.

    Sutilmente – como lhe é peculiar – o prefeito fez críticas aos governos Federal e Estadual, que recebem boa parte dos impostos. No caso do ISS, a Prefeitura Municipal de Blumenau o reduziu de 5% para 0%.

    O presidente do Seterb, Sérgio Chisté, chegou a sugerir que o Governo Federal retirasse a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre o óleo diesel e desonere a folha de pagamento das empresas de transporte coletivo para que as tarifas possam ter seu valor ainda mais reduzido.

    No entanto, para o espanto de ninguém, o Consórcio Siga contesta de forma mesquinha a decisão da prefeitura.

    Em nota oficial emitida na tarde de ontem a concessionária obviamente se manifesta favorável à desoneração da folha de pagamento (que a beneficiaria), mas questiona a redução do PIS e do Cofins, afirmando que pelos cálculos a tarifa deveria custar R$ 2,94. Em relação a redução do ISS o cartel afirma que o valor deveria ficar em R$ 2,80, não R$ 2,75.

    O consórcio que prefere macular sua já desgastada imagem pública do que perder cinco centavos ainda conta com veículos velhos proibidos pelo contrato de licitação e recebe duras críticas dos usuários pela defasagem em sua escala e no cumprimento dos horários.

    Já que o Siga não está contente e que não respeita o contrato licitatório, talvez a sugestão fosse chutá-lo e procurar em grandes cidades empresas que possam fazer o trabalho que eles, aparentemente, não estão qualificados para fazer.

    Até porquê, esse tipo de mesquinharia é tão nociva aos usuários de tal transporte quanto ao próprio Poder Público, que precisa barganhar com uma empresa que sequer respeita o contrato.

    Foto: reprodução

    Fonte: BlumeNews

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