Martin BERNETTI / AFP
Piñera contou com o apoio de José Antonio Kast, apoiador da ditadura de Pinochet
Sebastián Piñera assumirá mais uma vez a presidência do Chile. Com mais de 90% das urnas apuradas, o bilionário conservador tem mais de 54% dos votos, ante 45% de seu rival, o senador de centro-esquerda Alejandro Guillier, aliado da atual presidente Michele Bachelet.
Ex-presidente chileno entre 2010 e 2014, Piñera foi eleito pelo Chile Vamos, um bloco que integra, entre outros, o partido Renovação Nacional (RN) e a União Democrata Independente (UDI), a formação que colaborou mais estreitamente com a ditadura de Augusto Pinochet. Em 2014, ele deixou o cargo em meio à forte impopularidade.
Assim como na últimas eleições brasileiras, a disputa entre o campo conservador e progressista foi acirrada. Enquanto Piñera desiludiu todos os que acreditavam que ganharia o primeiro turno com uma margem folgada, Guillier garantiu a presença nas eleições deste domingo contrariando todas as sondagens, algumas consideradas por determinados setores de terem sido elaboradas em benefício do presidente eleito, de 68 anos.
As sondagens que antecederam as eleições de 19 de novembro davam a vitória a Piñera, que esperava um resultado perto dos 45%, mas, contra as expetativas de muitos analistas, a esquerda surpreendeu.
A candidatura de Guillier, senador independente de 64 anos, foi apoiada pela governista Nova Maioria, uma aliança de centro-esquerda composta desde democrata-cristãos até comunistas, incluindo o Partido Socialista, da atual presidente Bachelet.
Para vencer, Piñera contou com o apoio da extrema-direita comandada por José Antonio Kast. Apoiador da ditadura de Pinochet, ele conseguiu 8% dos votos no primeiro turno.
*Com informações da DW
Fonte: Carta Capital