Por Roberto Liebgott/CIMI Sul.
Povos arrancados,
Torturados,
Sequestrados,
Escravizados.
No passado,
Presente,
Futuro,
Em todo o tempo.
Entra dia,
Sai ano,
Viram-se décadas
Séculos e séculos.
E a branquidtude permanece Dominadora,
Criminalizandora,
Classista e racista.
Contra Preto,
Pardo,
Índio,
Pobre.
Consciência?
De quem,
Para quem,
Até quando?
Daqueles que matam,
Excluem,
Marginalizam,
Prendem?
A branquitude não se sensibiliza,
Não se conscientiza,
Fez a opção pelo privilégio
De cor e de classe.
Vinte de novembro,
Deve ser de memória de quem lutou,
Contra a dominação
E para romper os grilhões da escravidão.
Vinte de novembro,
De Palmares,
De Zumbi,
Dos povos originários da Mãe África.
Mas o vinte de novembro é ainda de uma escravidão que não cessou,
Vigora permanentemente,
No imaginário branco,
Através de seus atos, gestos, palavras e costumes.