Nos últimos anos, incrementou-se a presença de empresários latino-americanos na lista de multimilionários da revista Forbes. Segundo os dados publicados em março de 2013, 97 milionários da região podem presumir de suas fortunas em âmbito mundial. Os setores mais favoráveis para os negócios na América Latina continuam sendo a mineração, o petróleo, meios de comunicação e bancos. Paradoxalmente, os novos multimilionários provêm dos países mais desiguais na redistribuição de ingressos.
México
O México alberga 15 ricos da região, entre os quais se destaca o magnata Carlos Slim, que atualmente pugna com Bill Gates pelo título de homem mais rico do planeta. Sua fortuna chega a 73 bilhões de dólares e seus ativos principais estão representados por empresas de telecomunicações. Em seguida, vem Alberto Bailleres González, empresário do setor financeiro, comércio e mineração, cuja riqueza é estimada em 18.2 bilhões de dólares.
Ao mesmo tempo, a pobreza do México alcança a cifra de 57 milhões de pessoas, o que constitui quase 51% da população do país.
Chile
O Chile, com 14 milionários, ocupa o segundo lugar na região. Entre os chilenos com mais influência econômica destaca-se Iris Fontbona, proprietária do Grupo Luksic, que ocupa o 35º lugar no ‘ranking’, com uma fortuna de 17.4 bilhões de dólares, proveniente principalmente da mineração, Em seguida, Horst Paulmann, dono de uma cadeia de supermercados e centros comerciais com mais de 9.7 bilhões de dólares.
Enquanto isso, o Chile continua sendo um dos países menos igualitários do mundo. Estima-se que 10% da população mais rica tem um ingresso 27 vezes maior que 10% da população mais pobre.
Peru
O Peru tem 10 empresários cujas fortunas oscilam entre 1.35 bilhão e 6.1 bilhões de dólares. O multimilionário número um do Peru, Eduardo Belmont Anderson, ocupa o 195º na lista. É proprietário da empresa cosmética Belcorp, que lhe gerou uma fortuna que supera os 6 bilhões de dólares.
Enquanto os empresários peruanos aumentam sua presença nos ‘rankings’ internacionais, no país os ingressos de 20% da população mais rica superam em 13 vezes os ingressos de 20% da população mais pobre.
Parece que o abismo que hoje em dia separa a sociedade nos países da América Latina tem a mesma natureza. As reformas econômicas do mercado e da globalização, que criam as condições favoráveis para os grandes empresários e multinacionais, que dispersam seus negócios fora das fronteiras, reduzem as possibilidades do desenvolvimento humano para a população mais desfavorecida.
Imagem: RT
Tradução e fonte: ADITAL
