Foi o principal evento do 62º aniversário da proclamação da independência da República Democrática do Congo.
A família do assassinado mártir da independência da República Democrática do Congo Patrice Lumumba enterrou seus únicos restos conhecidos, um dente, na capital Kinshasa, na quinta-feira, 61 anos após seu assassinato pelos rebeldes secessionistas apoiados pela Bélgica e pela ONU, que tinha uma missão no país.
Centenas de pessoas se reuniram em uma grande praça para a ocasião, agitando bandeiras e segurando uma grande foto de Lumumba, com seus óculos de marca registrada e o cabelo penteado para um lado, emoldurado por flores brancas.
Lumumba foi assassinado por um pelotão de fuzilamento em 16 de janeiro de 1961 na província de Katanga, sudeste do país, depois de ter sido derrubado como primeiro-ministro no ano anterior, meses após a independência do Congo da Bélgica.
Le Président Félix Tshisekedi s'adresse à la nation ce jeudi à 20h. pic.twitter.com/P0L8uy31mA
— Junior Béton ?? (@beton_junior) June 30, 2022
Uma faixa com as palavras “Muito obrigado, herói nacional” foi suspensa acima da multidão, que incluía o presidente da vizinha República do Congo, Denis Sassou Nguesso, o ministro belga das Relações Exteriores e vários embaixadores africanos.
O presidente Felix Tshisekedi disse: “Finalmente, o povo congolês pode ter a honra de dar um enterro a seu ilustre primeiro-ministro. Estamos terminando… o luto que começamos há 61 anos”.
O funeral foi realizado no 62º aniversário da independência do país da África Central. Nesse dia, Lumumba fez um corajoso discurso criticando 75 anos de colonização belga do Congo.
No entanto, seu governo durou apenas três meses antes de ele ser derrubado e assassinado. Um inquérito parlamentar belga sobre o assassinato de Lumumba concluiu em 2002 que a Bélgica era “moralmente responsável” por sua morte.
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