Por Telesur.
Vários governos e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram no sábado os ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos (EUA) e pelo Reino Unido contra cidades do Iêmen.
Entre os governos que expressaram sua discordância estão os da Venezuela, do Talibã no Afeganistão e de Cuba, que consideram que essas ações favorecem a desestabilização na região do Oriente Médio.
Nações como Turquia, Omã, Jordânia, Iraque, Arábia Saudita e Irã, além da Rússia, também discordaram dos ataques aéreos dos EUA.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também chamou a atenção para o fato de que os bombardeios ameaçam afetar negativamente as perspectivas de colocar o país no caminho da paz.
O enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, pediu a “todos os envolvidos que exerçam o máximo de contenção e priorizem os canais diplomáticos em detrimento das opções militares e apela para a redução das tensões”.
Por sua vez, o governo venezuelano insistiu que “a única maneira de garantir a paz e a estabilidade no Oriente Médio é por meio da cessação do genocídio na Faixa de Gaza, realizado por Israel, bem como o cumprimento imediato de todas as resoluções da ONU para o estabelecimento de um Estado palestino livre e soberano”.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, disse que “esses atos incentivam o genocídio em Gaza” e reiterou o pedido de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Além das ações militares dos EUA e do Reino Unido contra o Iêmen, com o consentimento do presidente dos EUA, Joe Biden, eles foram apoiados pela Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda na implementação de ataques que prejudicam o povo iemenita e representam uma ameaça à segurança e à estabilidade da região, bem como à liberdade de navegação no Mar Vermelho.
Os bombardeios continuaram pelo segundo dia consecutivo, com mais de 20 ataques a alvos Houthi em quatro províncias do Iêmen.
A nação africana está envolvida em um conflito de uma década entre os Houthis e o governo, o que faz com que 80% de sua população precise de ajuda humanitária, devido ao deslocamento forçado e à crise humanitária gerada pela situação beligerante.