Comunicadora travesti dirige documentário do Ministério da Saúde sobre a boate Kiss

Taya Carneiro está à frente da obra audiovisual que abordará a resposta do Sistema Único de Saúde (SUS) à tragédia de Santa Maria (RS), que completou 10 anos

A diretora Taya Carneiro, do Ministério da Saúde. Créditos: Divulgação

Por redação, Revista Fórum. 

O Ministério da Saúde lançará na próxima quinta-feira (2) o trailer do documentário “Saúde no Limite da Dor” dirigido pela comunicadora travesti Taya Carneiro. A obra trata da resposta do Sistema Único de Saúde (SUS) à emergência da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que completa 10 anos no próximo dia 27 de janeiro.

Carneiro gerencia a área de Projetos Estratégicos em Comunicação do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde. “Sinto que é uma vitória podermos ocupar esse espaço e mostrar que as mulheres travestis e transexuais têm muito a contribuir para o desenvolvimento do país. Lançar o trailer do documentário em uma data tão próxima ao dia da visibilidade trans e com uma equipe majoritariamente LGBTI+ torna isso tudo ainda mais especial”, afirma.

Taya é graduada em Comunicação Organizacional pela Universidade de Brasília, possui mestrado em Comunicação Social também pela UNB e em Mídia Global e Política pelo Goldsmiths College, da Universidade de Londres, no Reino Unido. Como profissional, já atuou enquanto comunicadora na Câmara dos Deputados, na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e em agências da ONU, como UNFPA e Unaids.

O documentário tem formato de série com três episódios. O primeiro registra a mobilização do SUS nas primeiras horas após o incêndio, a chegada da Força Nacional do SUS e a importância da presença de autoridades no local, como a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, para a articulação com outros setores do governo, entre eles as Forças Armadas. O segundo episódio mostra o acolhimento aos familiares das vítimas, dando destaque ao momento do reconhecimento dos corpos e o transporte do antídoto ao cianeto, gás tóxico que causou muitas das mortes na boate. O terceiro episódio foca nas lições aprendidas, descrevendo a importância da estratégia de atenção longitudinal e dos planos de contingência e de prevenção para que episódios como esse não ocorram novamente.

A diretora Taya Carneiro, durante as gravações (Divulgação)

O incêndio na Boate Kiss marcou a saúde pública brasileira ao demandar atendimentos em uma rede complexa e em alta velocidade. Entre os principais relatos dos entrevistados estão descrições do trabalho realizado nos hospitais, que resultou no salvamento de 97,5% das vítimas encaminhadas a eles, e os bastidores da realização do maior transporte aeromédico do mundo até então.

A série completa ficará disponível nas mídias sociais do Ministério da Saúde em março e servirá também como material didático do Curso de Emergências Biológicas Complexas do Programa de Formação em Emergências em Saúde Pública (Profesp).

FICHA TÉCNICA:

Direção:

Taya Carneiro

Produção Executiva:

Daniela Buosi

Gabriel Galli

Luiza Moterani

Assistente de Produção:

Cristina Bernardes

Márcia Pereira

Roteiro:

Gabriel Galli

Taya Carneiro

Entrevistas:

Gabriel Galli

Direção de arte:

Luiza Moterani

Saulo Dal Pozzo

Taya Carneiro

Design de títulos:

Luiza Moterani

Direção de fotografia:

Saulo Dal Pozzo

Thales Alves

Assistente de fotografia:

Alan Orlando

Alexsandro Pedrollo de Oliveira

Marcos Borba

Neli Mombeli

Thales Alves

Pesquisa:

Gabriel Galli

Som direto:

Alan Orlando

Alexsandro Pedrollo de Oliveira

João Vitor Corrêa

Marcos Borba

Neli Mombeli

Montagem:

Saulo dal Pozzo

Taya Carneiro

Colorização:

Saulo Dal Pozzo

Taya Carneiro

Motion Design:

Saulo Dal Pozzo

Ilustração:

Daniel Lopes

Trilha Sonora:

Gabriel Terra

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