O que quer a Polícia Militar do Paraná?
Não basta bater em sem-terras e atirar bombas em professores e estudantes.
Agora o comando da PM do Paraná quer construir um monumento em memória ao Coronel João Gualberto, o Patrono da polícia que comandou uma tropa do Regimento de Segurança do Paraná no combate do Irani, em 1912.
Não basta a violência real, é necessária a perpetuação da violência simbólica no sítio histórico do Irani. Acho que a comunidade do município do Irani e região não deve concordar com esta violação deste espaço de memória. (Paulo Pinheiro Machado)
Eis a matéria.
Uma comitiva constituída por militares estaduais paranaenses visitou o município de Irani, em Santa Catarina, na última segunda-feira (5). O objetivo da visita foi ajustar os preparativos necessários para a realização da solenidade que marcará os 105 anos do Combate do Irani, considerado o marco inicial da Guerra do Contestado. O evento será no dia 22 de outubro.
Na ocasião, os militares se reuniram com o responsável pelo museu e cemitério do Contestado, Vicente Telles, com o vice-prefeito de Irani, Marcelo Pegoraro, com as secretárias de Educação, Margarida Gazzoni Zenaro, e de Planejamento, Rosemeri Spazini, e com o diretor de Desenvolvimento Econômico, Flávio de Melo. Eles também visitaram as dependências da “Vala dos 21”, local que abriga os corpos de nove militares do então regimento de segurança, atual PMPR, sepultados sem identificação.
Uma das intenções da comitiva é a colocação de uma placa no local com os nomes de todos os militares que morreram no Combate do Irani ao lado do então comandante do Regimento de Segurança, Coronel João Gualberto Gomes de Sá Filho. Contudo, serão feitas referências às graduações dos militares, com o objetivo de realizar uma homenagem justa aos bravos milicianos paranaenses que tombaram no cumprimento do seu dever militar.
A comitiva foi composta pelo Coronel Janary Maranhão Bussmann, pelo Tenente Coronel Vanderley Rothenburg, pelo Major Jair Aurélio Santos Dias Antunes, pelos Capitães João Carlos Toledo Junior e Adenildo Redondo, pelo Tenente Rafael Bittencourt Riscarolli, pelos Subtenentes Izaquiel Leal Miranda e Luiz Carlos Machado e pelo Sargento Everaldo Guilman. Eles estavam acompanhados pelo subcomandante do 27.° BPM, Capitão Juvêncio Antoszczyszyn, e pelo professor da Universidade do Contestado, Aluízio Witiuk .
Fonte: Associação da Vila Militar.