Bamako, 7 mar (Prensa Latina) O Conselho de Ministros maliense criou uma comissão para o diálogo e a reconciliação nacional, que com a participação de diversas forças políticas trabalhará pela estabilidade deste país africano.
Uma nota desse órgão de governo assinalou que a comissão tem como objetivo a identificação de organismos políticos e sociais dispostos a levar adiante um diálogo construtivo neste Estado, submerso em uma profunda crise há quase um ano.
O órgão terá a responsabilidade também de examinar os casos de violações de direitos humanos ocorridos nos últimos meses, depois de que organizações humanitárias acusaram as forças malienses de realizar execuções extrajudiciais e prisões ilegais.
Sobre os grupos islâmicos armados pesam também recorrentes denúncias de violações sexuais, crimes e outros delitos em comunidades, segundo essas fontes.
No dia 22 de março de 2012 um golpe militar depôs o presidente constitucional Amadou Toumani Touré.
Essa situação intensificou a crise no norte maliense, depois que grupos armados tomaram as cidades de Gao, Kidal e Tombuctú, no norte do país.
Os insurgentes, liderados por radicais islâmicos de Ansar Dine, entre outros elementos, posteriormente foram expulsos destas cidades, mediante a intervenção direta do Exército francês, que respalda as forças governamentais deste país.
A nota oficial informou também que a Comissão estará composta por um presidente, dois vice-presidentes, comissários e outras 30 pessoas, indicadas pelo presidente do governo provisório do Mali, Dioncounda Traoré.
Fonte: Prensa Latina