Por Leandro Mazzini*
Uma lista com cerca de 100 nomes de militares envolvidos na repressão política durante a ditadura, foi concluída pela Comissão Nacional da Verdade. Esses militares – todos na reserva, muitos com mais de 80 anos – começaram a ser ouvidos sigilosamente há poucos dias.
Mas sem resultados: Acompanhados pelo advogado Otávio Freitas, um coronel da reserva do Exército, os militares só repetem: ‘Nada a declarar’.
Entre os convocados estão o coronel José Brant Teixeira, envolvido em execuções no Rio, e o coronel Leo Cinelli, que participou de repressões na Bahia e no Araguaia.
As estrelas da repressão, o major Sebastião Curió, que vive em Brasília – que massacrou a Guerrilha do Araguaia -, e o coronel Brilhante Ustra, que combateu a guerrilha urbana em São Paulo, não estão nesta lista. Embora haja negociação para Curió aparecer, e Ustra voltar.
A Comissão tem convocado os militares de véspera, via notificação, para evitar que eles tenham tempo de conseguir Habeas Corpus para não aparecer.
A lista é fruto de 18 meses de cruzamento de dados de documentos do Arquivo Nacional com informações levantadas por pesquisas externas contratadas pela CNV.
*Escritor e Jornalista.
Fonte: opiniaoenoticia.com.br