O julgamento contra Derek Chauvin, ex-policial acusado de matar o afro-americano George Floyd em 25 de maio de 2020, começa hoje em Minneapolis, Minnesota, em um processo que promete ser de alto nível.
Entretanto, o Tribunal de Apelações de Minnesota decidiu na sexta-feira que um tribunal inferior deve reconsiderar se deve acrescentar uma acusação de homicídio em terceiro grau contra Chauvin.
Isso, disseram especialistas, poderia significar um atraso adicional na realização de um julgamento e, se comprovado, levaria até 25 anos de prisão, aumentando ao mesmo tempo as chances do réu de ser condenado.
Levando buquês de flores e sinais de Black Lives Matter, centenas de manifestantes marcharam pelo centro de Minneapolis no domingo, exigindo justiça para Floyd e outras vítimas da violência policial.
Os manifestantes se sentaram na rua por alguns minutos de silêncio, enquanto o advogado e ativista Nekima Levy Armstrong lia uma lista de todas as pessoas mortas pela polícia em Minnesota desde 1984.
Três outros ex-agentes de Minneapolis enfrentarão julgamento em agosto, também em conexão com a morte do afro-americano.
A seleção do júri no caso Chauvin está programada para começar na segunda-feira, e as declarações de abertura do julgamento serão no dia 29 de março.
O assassinato de Floyd teve um forte impacto na opinião pública nacional e internacional, pois o vídeo em que Chauvin é visto ajoelhado no pescoço de Floyd enquanto ele reiterava a frase: ‘Eu não consigo respirar’ ficou viral.
Enquanto isso, a mídia local informa que as autoridades da cidade de Minneapolis estão aumentando a segurança, e o governador de Minnesota Tim Walz, um democrata, ativou unidades da Guarda Nacional.
O governo da cidade teme manifestações como as que ocorreram após a morte de Floyd, quando a agitação civil eclodiu em todo o país, levando eventualmente a confrontos entre os agentes federais de Donald Trump e os manifestantes da justiça racial.