Com o lema “Feminismo em marcha para mudar o mundo”, iniciará neste domingo (25) o 9ºEncontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que pela primeira vez será sediado no Brasil. A estimativa é que cerca de 1.600 ativistas de vários países e continentes participem do evento que será realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, e segue até o dia 31 de agosto.
A programação do evento conta com diversas conferências que tratarão de vários temas de interesse feminista, além de atividades culturais, exposição, tenda solidária e Mostra de Economia Solidária e Feminista.
A conferência de abertura ocorrerá na manhã de segunda-feira (26) com debate sobre o tema “A trajetória do feminismo na América Latina”. Na tarde do mesmo dia outro debate abordará a questão da “Acumulação por desapropriação: Trabalho, Natureza e Corpo das Mulheres”.
No dia 27, as conferências tratarão de “Feminismo em construção de alternativas” e “A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) como movimento inevitável: balanço da MMM em resposta à conjuntura e a construção de alternativas”. Já na quarta-feira (28), as ativistas discutem a temática “Nossas trajetórias teóricas e correntes de pensamento e conjuntura atual” e participam de Grupos de Discussão.
“Feminismo em marcha: nossas experiências e as intervenções políticas” será o tema central que tomará conta dos debates da quinta-feira (29), ao mesmo tempo em que ocorrem painéis simultâneos que tratarão de assuntos como “Mercantilização, o controle do corpo e da sexualidade”, “Combater a violência contra as mulheres: estratégias feministas”, “Feminismo e a cultura: a construção da contra-hegemonia”, “Visibilidade lésbica”, “Soberania Alimentar: estratégias das mulheres para transformar o modelo de (re)produção e o consumo”, “Desafios para a despatriarcalização do Estado”, “Direito ao aborto e estratégias feministas para a autonomia da sexualidade e da maternidade”, “A educação não sexista”, entre outros.
Dando continuidade à atividade de quinta-feira, as participantes darão ênfase, na sexta-feira (30), às suas práticas políticas também com painéis simultâneos: “Feminismo e agroecologia: a experiência das mulheres na construção de práticas agroecológicas”, “Estratégias para garantir a autonomia da mulher”, “Os sentidos políticos da ocupação feminista do espaço público”, entre outros. Também neste dia haverá oficinas de comunicação e produção, além de Lambe-Lambe, Batucada, Muralismo e Cinema Feminista.
O evento será encerrado no sábado (31) com uma Assembleia Final e com a manifestação “Feminismo em Marcha para mudar o mundo”.Para a ativista portuguesa, Judite Fernandes, “as expectativas para o encontro são enormes para conversar, discutir e dividir experiências”. Em vídeo sobre o evento, a feminista Emilia Castro, de Quebec (Canadá), disse que o 9º Encontro será “um momento muito importante para nosso movimento porque teremos que decidir onde o Secretariado Internacional estará nos próximos anos”. Ela também ressaltou a troca de experiência com as companheiras brasileiras “que estão preparando uma série de atividades muito interessantes de formação política feminista e ações”.
O que é a Marcha Mundial das Mulheres?
Surgida no ano 2000, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) é um movimento feminista internacional com grande participação e mobilização de mulheres do mundo todo em uma campanha contra a pobreza e a violência, além da luta pela superação do sistema capitalista patriarcal, racista, homofóbico e destruidor do meio ambiente. Atualmente, o movimento está presente em mais de 150 países e territórios.
Para mais informações, acesse: http://marchamulheres.wordpress.com/
Fonte: Adital.
