Por Plínio Teodoro.
O corte de 35% das verbas de custeio decretado pelo governo Jair Bolsonaro no início de maio já causa reflexo na vida de estudantes e na infraestrutura das universidades federais, que encontram dificuldades até mesmo para pagamento de contas de água e luz.
Reportagem de Júlia Marques, Tulio Kruse e Fábio Bispo, no jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (15), mostra que o bloqueio dos recursos feito pelo ministro Abraham Weintraub tem causado dificuldades para as instituições pagarem funcionários nas áreas de segurança e limpeza.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) suspendeu o programa de intercâmbio dos alunos e restringiu viagens viagens para cidades a mais 300 km de distância. Neste mês, os serviços do restaurante universitário foram suspensos.
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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está revendo contratos com terceirizadas e suspendeu passagens e diárias para cursos e eventos, a não ser em casos extremos. Em junho, a universidade anunciou a suspensão dos programas de mobilidade internacional por causa do contingenciamento. Intercâmbios para o ano de 2020 também não serão liberados até que os bloqueios sejam revistos.
Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) três ônibus que faziam o trajeto entre as unidades de Diadema quebraram e a frota não foi recomposta. Audiências públicas serão realizadas pela universidade em agosto para informar estudantes e professores sobre o impacto dos cortes.
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Na Universidade Federal de Goiás (UFG), há incômodo com a infraestrutura. Sem poda, o mato alto cria insegurança e a redução de vigias aumenta o risco de furtos. A UFG admite atrasos no pagamento de prestadores de serviço e, para economizar, recomendou até desligar o ar-condicionado durante a manhã e à noite.
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