Com apoio de Podemos, socialdemocrata Sánchez é escolhido premiê da Espanha

Partido de direita Ciudadanos se recusam a apoiar PSOE e pedem novas eleições; antes mesmo da votação, Rajoy, que ocupou o cargo durante seis anos, já havia reconhecido a derrota.

Foto: Reprodução

O Parlamento da Espanha aprovou nesta sexta-feira (01/06) uma moção de censura contra o antigo chefe de governo Mariano Rajoy, o que levou a sua destituição. Pedro Sánchez, secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi nomeado para o cargo. Com o apoio do partido de Esquerda Unidos Podemos e outras legendas como Esquerda Republicana da Catalunha e Partido Nacionalista Basco, o PSOE conseguiu os votos suficientes para aprovar a moção.

Com 180 votos a favor, 169 contra e uma abstenção, o Parlamento da Espanha aprovou pela primeira vez na história uma moção de censura que destituiu um governo. Rajoy e seu Partido Popular (PP) se envolveram em um escândalo de corrupção nas últimas semanas, o que motivou seus opositores do PSOE a moverem a moção de censura.

O partido de direita Ciudadanos, que havia retirado apoio ao PP, se recusou a votar pela moção junto com o PSOE e pediu a realização de novas eleições legislativas. Com apenas 84 deputados no Parlamento, o PSOE deverá formar um novo governo de coalizão para governar.

Antes mesmo da votação, Rajoy, que ocupou o cargo durante seis anos, já havia reconhecido a derrota e discursou no Parlamento dizendo que “foi uma honra ser presidente do governo da Espanha e espero deixar uma Espanha melhor do que encontrei”.

Por sua vez, o socialista Sánchez, novo chefe de governo, agradeceu o apoio à sua candidatura e afirmou que o Parlamento “escreveu uma nova página na história da democracia do país”. O socialista deverá ser empossado na próxima segunda-feira.

Em maio, a Justiça da Espanha revelou um caso de corrupção envolvendo altos funcionários do PP, partido de Rajoy, que teriam recebido propina em troca de contratos e licitações públicas.

29 pessoas foram condenadas pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, na operação que ficou conhecida como Caso Gürtel. O PP foi condenado a pagar mais de 240 mil Euros por ter recebido verbas de fundos ilícitos.

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