Um colunista da Folha de S. Paulo, Samuel Pessôa, afirmou em dezembro passado, há apenas 3 meses, que o modelo de ajuste fiscal do Espírito Santo (retirar recursos da população) era um modelo para outros estados que estão endividados.
Em menos de dois meses, o Espírito Santo se transformou em um verdadeiro caos, com greve policial, saques, roubos e assassinatos.
Pelo terceiro dia consecutivo, a prefeitura de Vitória suspendeu a volta às aulas na rede municipal e o atendimento nas unidades de saúde da capital capixaba. A prefeitura também decidiu suspender o expediente nas repartições municipais nesta quarta-feira. Segundo comunicado, a decisão visa a manter a integridade das famílias e dos servidores neste momento de instabilidade. As atividades da Guarda Municipal e essenciais de limpeza continuam mantidas.
“Após acompanhar cuidadosamente os últimos acontecimentos, ainda não se reconstituiu o ambiente que garanta a plena segurança e mobilidade de servidores, população e suas famílias. Por isso, infelizmente, é necessário suspender novamente todas as atividades da prefeitura”, disse o prefeito de Vitória, Luciano Rezende, em nota.
Apesar da presença de mil homens das Forças Armadas e 200 da Força Nacional que patrulham as ruas para reforçar a segurança da região metropolitana de Vitória, a maior parte do comércio está fechada e o movimento de carros e pessoas nas ruas na capital capixaba é pequeno, já que a orientação das autoridades é que a população evite sair de casa.
O clima ficou tenso em frente ao quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo em Maruípe, na região central de Vitória, durante a tarde e a noite dessa terça-feira. Moradores pediam a volta dos policiais militares para o patrulhamento das ruas e protestavam contra a presença dos familiares – principalmente mulheres – em frente aos batalhões.
Os militares do Exército, que chegaram na segunda-feira (6) para reforçar a segurança no Espírito Santo, impediram o confronto entre os manifestantes e o grupo de mulheres e liberaram o trânsito na Avenida Maruípe, que havia sido interditada pelos moradores após atearem fogo a pneus.
Fonte: Carta Campinas- Agência Brasil