Colômbia rejeita declarações dos EUA sobre a campanha de Petro

Foto: Randy Brooks / AFP

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia enviou uma nota de protesto ao governo dos EUA sobre as declarações feitas pelo porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, sobre supostas contribuições irregulares para a eleição do atual presidente.

O governo colombiano rejeitou formalmente as declarações do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, sobre supostas contribuições irregulares para a campanha eleitoral do presidente Gustavo Petro.

O Ministério das Relações Exteriores enviou uma nota diplomática de protesto à Casa Branca, considerando que as palavras de Patel excedem as considerações de um relatório publicado pelo governo dos EUA sobre a prática dos direitos humanos no mundo.

“A Colômbia rejeita as expressões e avaliações do Sr. Vedant Patel, que estão longe do conteúdo real do que é apresentado no relatório”, disse o Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano.

Em uma declaração divulgada nas mídias sociais, Bogotá disse que as declarações do funcionário “desconsideram e desrespeitam o apego das instituições colombianas ao princípio do devido processo legal e seu compromisso com a luta contra a corrupção e a impunidade”.

“Da mesma forma”, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, “devemos ressaltar a importância do princípio da reciprocidade que rege as relações entre os dois países, incluindo o respeito à autonomia nas ações e funções das instituições governamentais de cada Estado”.

O porta-voz do Departamento de Estado considerou que havia provas “confiáveis” de que a campanha presidencial do atual presidente colombiano recebeu dinheiro de forma irregular. Por esse motivo, decidiu-se incluir o tema no relatório anual da administração norte-americana, o que também foi rejeitado pelo governo mexicano.

“O que posso dizer sobre os registros no relatório de direitos humanos é que os consideramos confiáveis e é por isso que os incluímos”, disse Vedant Patel quando perguntado por um jornalista.

O sistema judiciário colombiano está investigando Nicolás Petro Burgos, o filho mais velho do presidente, desde o ano passado por suposto financiamento irregular de campanha. Petro Burgos é acusado de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro.

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