O Comitê Nacional de Paralisação (CNP) da Colômbia anunciou nesta sexta-feira (24/09) uma nova data de mobilizações contra o governo do presidente Iván Duque.
Uma das pautas é a exigência de tramitação no Congresso de dez projetos de lei apresentados pela bancada da oposição, por meio do Comitê. A jornada de protestos foi marcada para o dia 28 de setembro.
“De forma pacífica, como sempre fez, a CNP faz um apelo ao povo colombiano para que, com a sua presença nas ruas, exija soluções para os problemas mais graves que o afligem”, declarou o comitê em nota.
Os projetos apresentados são referentes à intervenção do Estado na área da saúde, da educação gratuita e a criação de uma renda básica que “beneficiaria milhões de pessoas com renda insuficiente”. Outros projetos visam a aprovação de uma lei de garantias ao exercício do direito ao protesto social, a reforma da Polícia, a prevenção e o combate à violência de gênero e o apoio às pequenas e médias empresas e ao setor agrícola.
O CNP critica, em nota, que o governo Duque, ao invés de aprovar aquilo que é exigido pela oposição e pela população, aprovou a reforma tributária e o orçamento geral da nação que aumenta o pagamento da dívida externa e interna em 10% enquanto o orçamento do setor agrícola é reduzido. O comunicado também aponta que o governo tenta congelar as despesas do Estado por 10 anos.
O CNP lembra que os projetos de lei apresentados na Casa Legislativa incluem “os pedidos mais importantes expressos no documento de emergência, pelos quais milhões de colombianos se reuniram nas poderosas mobilizações sociais que começaram em novembro de 2019 e foram ratificadas a partir da greve de 28 de abril de 2021”.
No Twitter, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e integrante do CNP, Francisco Maltés, declarou que trabalhadores, estudantes, organizações e movimentos sociais marcharão “pela vida, pela paz e pela democracia”. Ele também afirmou que os manifestantes vão “levantar suas vozes contra o novo pacote do presidente Duque e contra a corrupção”.
Além disso, exige o “fim total da política que vem sendo sistematicamente executada contra lideranças e lideranças sociais que participaram dos primeiros dias de protesto”.
(*) Com TeleSur.
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