Por Wesley Lima.
Para avançar na luta por uma sociedade livre, sem opressão e exploração, é necessário construir instrumentos de estudo e reflexão, para combater toda forma de violência.
Ao afirmar esses elementos como princípios políticos, o coletivo LGBT Sem Terra lançou no dia 27/01, durante o Encontro da Coordenação Nacional do MST, no Ceará, o 1º Caderno de Formação “Diversidade Sexual no MST – Elementos para o Debate”.
De acordo com a direção do Movimento, o caderno é fundamental para avançar no projeto de emancipação humana, ao criar subsídios que ampliam a compreensão, de cada trabalhador e trabalhadora, sobre a temática da diversidade sexual e a importância do processo de auto-organização da militância Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti e Transexual.
Em 37 páginas, diversos temas são desenvolvidos, como a história da luta do Movimento LGBT; as tarefas que o MST possui a partir do debate da Reforma Agrária Popular; os conceitos de gênero, orientação sexual e as identidades de gênero; e o documento formulado pelo Coletivo LGBT Sem Terra em seu 1º Seminário Nacional.
Segundo o Coletivo, o caderno de formação foi construído para reafirmar a necessidade de aprofundar o debate em torno da diversidade sexual e a construção de uma sociedade com novos valores.
Nesse sentido, destacam que as trincheiras da luta pela terra sempre foram compostas pelos sujeitos LGBT, principalmente quando a perspectiva da Reforma Agrária Popular é colocada na ordem do dia como base para uma transformação social.
A proposta inicial é que o material de debate possa chegar até os núcleos de famílias em cada assentamento e acampamento, para que a temática seja incorporada nos processos de formação do MST.
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*Editado por Rafael Soriano.
Fonte: MST.