Claudia Sheinbaum, 100 dias de governo: “Não vamos voltar ao modelo neoliberal”

Em assembleia popular, em pleno Zócalo do México, e perante os governadores, o Gabinete legal e ampliado, e a Câmara dos Deputados e Senadores, a presidenta constitucional dos Estados Unidos Mexicanos e Comandante Suprema das Forças Armadas, Dra. Claudia Sheinbaum Pardo, relatou os primeiros 100 dias de sua gestão governamental, chamados de segundo andar da Quarta Transformação (4T).

O objetivo do relatório é prestar contas e reforçar o compromisso de seu governo de estar sempre próximo ao povo, “governar com o povo, para o povo e pelo povo, essa é a 4T da vida pública no México”, disse ela. O relatório indica que o México encerrou 2024 com um número recorde de empregos formais (22.238.379 empregos), o nível salarial médio mais alto da história com inflação controlada e um aumento real do salário mínimo de 135% e 221% na fronteira em comparação com 2018. Enquanto isso, o desemprego está entre os mais baixos do mundo, os preços da gasolina e do diesel não aumentaram em termos reais e, sem aumentar os impostos, a receita tributária chegou a 1,5 milhões de reais.

Conforme a chefa de Estado, nos últimos meses de 2024, ela visitou os 32 estados da República, viajou 32.499 km por terra e mar e se reuniu com os 32 governos estaduais e o chefe de gabinete.

“A base desse projeto foi lançada por Andrés Manuel López Obrador, e cabe a nós consolidar, somar e avançar com o primeiro andar”, explicou. “Não voltaremos ao modelo neoliberal, não voltaremos ao regime de corrupção e privilégios, não deixaremos que volte a decadência do passado, em que o país era governado para poucos e poucas.”

“Vamos continuar com o humanismo e com a máxima de que, para o bem de todos, os pobres vêm em primeiro lugar”, declarou Sheinbaum. A dignitária anunciou que o investimento estrangeiro direto chegou a quase US$ 39 bilhões e que as reservas internacionais do Banco do México atingiram o recorde de US$ 229 bilhões.

A nação asteca continua a ser o principal parceiro comercial dos Estados Unidos e sua economia ocupa o 18º lugar no mundo. Em seu discurso, ela deixou clara uma postura de tolerância zero para qualquer forma de corrupção. Depois de garantir que a moradia é um direito do povo mexicano, Sheinbaum informou que, até 2025, pelo menos 125.000 novas casas serão construídas. Enquanto isso, ela lembrou a reforma da lei Infonavit, para que haja um exercício honesto e transparente na concessão de créditos.

Sobre o relacionamento com os Estados Unidos, a presidente mexicana disse que há momentos dolorosos na história, mas destacou os exemplos de respeito à soberania e de colaboração e apoio: a ajuda que Benito Juárez recebeu de Abraham Lincoln, o respeito de Franklin Delano Roosevelt por Lázaro Cárdenas.

Ela também mencionou a colaboração do primeiro mandato do presidente Donald Trump com AMLO, em especial a assinatura do acordo comercial entre México, Estados Unidos e Canadá. Portanto, ela espera que o vínculo respeitoso com a nova administração dos EUA seja mantido.

Claudia Sheinbaum reafirmou que seu povo sempre manterá a cabeça erguida. “O México é um país livre, independente e soberano. Como eu disse, nós coordenamos, colaboramos, mas nunca nos subordinamos”, acrescentou.

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