Por Renata Giraldi.*
O Ministério da Saúde do Egito divulgou 15/08 balanço registrando 525 mortos nos confrontos entre manifestantes e forças policiais, nos últimos dois dias. O porta-voz do governo, Mohamed Fathalá, disse que do total de mortos 482 eram manifestantes e 43 policiais. De acordo com dados oficiais, 3.717 estão feridas.
Desde junho, os protestos se tornaram frequentes no Egito. Ativistas favoráveis ao presidente deposto Mouhmed Mursi e contrários a ele se enfrentam nas ruas do Cairo, a capital, e das principais cidades egípcias.
Os protestos mais intensos ocorreram entre os dias 13 e 14/08. O Brasil e representantes de vários países condenaram a violência no Egito. Para autoridades, a forma como as forças policiais combateram os protestos é considerada massacre.
Nos últimos dias, as forças de segurança invadiram acampamentos de ativistas favoráveis a Mursi e destruíram barracas e carros e atacaram manifestantes. Em resposta à violência, o governo interino do presidente Adly Mansour impôs estado de emergência e toque de recolher por um mês, no Cairo e em mais 13 regiões.
A onda de violência levou à renúncia do vice-presidente Mohamed ElBaradei, que disse que sua consciência estava perturbada com a perda de vidas, principalmente, pelas mortes poderiam ter sido evitadas.
* Da Agência Brasil
Fonte: Rede Brasil Atual