Catarina Martins* critica Passos Coelho por ter “ficado ao lado da Alemanha” e ter alimentado a “chantagem sobre a Grécia” e alerta que a “a democracia foi completamente varrida do mapa para dar lugar a imposições do estilo colonialista”
13 de Julho, 2015. A cimeira “foi um verdadeiro golpe de Estado, que põe em causa o próprio regime da União Europeia”, criticou a porta-voz do Bloco, acrescentando que “a democracia foi completamente varrida do mapa para dar lugar a imposições do estilo colonialista”.
As “imposições põem em causa a sobrevivência da União Europeia”, alertou Catarina Martins, que falou aos jornalistas à margem de uma reunião com a Associação Académica de Coimbra.
Será necessária “uma reflexão muito séria sobre o projeto europeu e o seu futuro”. Se o euro na Europa significar apenas “austeridade, então a moeda única não interessa”.
A Europa que existe hoje é “uma Europa da punição de quem ousa não querer seguir a bitola da Alemanha”, asseverou.
Catarina Martins criticou ainda o executivo liderado por Passos Coelho por ser o “único governo de um país do sul da Europa que não se opôs a uma eventual saída do euro da Grécia, quando todos os países perceberam que essa chantagem não deveria ser posta em cima da mesa”.
“Passos Coelho decidiu ficar ao lado da Alemanha” e ajudou a alimentar “a chantagem sobre a Grécia”, referindo que essa mesma atitude deve envergonhar o povo português e cria “mais preocupações sobre o futuro do nosso país”.
*Catarina Soares Martins é uma atriz e política portuguesa, atual deputada e porta-voz do Bloco de Esquerda.
Foto: Miguel Lopes/Lusa.
Fonte: Esquerda.Net