Cientistas argentinos protestam contra cortes de Macri

A situação complica-se no meio da negociação, pois o Executivo propôs inserir os cientistas que ficaram fora da carreira do Conicet em universidades nacionais e os pesquisadores recusaram a iniciativa ao considerar que assim continuam ‘sendo excluídos do sistema’. ‘Exigimos o ingresso, vamos recusá-lo. O Ministério não quer dar mais nem um só ingresso e não vamos aceitá-lo’, destacou um dos manifestantes ao jornal Âmbito Financeiro. Os jovens confirmaram que o governo assegurou que contam com a verba para incorporar todos os expulsos, mas decide não incorporá-los, acrescentou a fonte. ‘Sempre nos convocam para uma ou duas reuniões anteriores onde não oferecem nada, e depois querem nos dar migalhas. Se não cumprirem, vamos passar o Natal no Ministério’, manifestou Alejandro Muntó, da organização Jovens Cientistas Precarizados, em declarações divulgadas pelo Diário de Buenos Aires.

‘Fora Barañao’ são alguns dos cartazes portados pelos estudantes, cujo protesto se estendeu também a outras sedes desse grêmio em províncias como Córdoba e Mendoza, onde os estudantes também tomaram as sedes do Conicet. Em Mendoza, por exemplo, os trabalhadores da sede localizada no Parque General San Martín começaram uma tomada pacífica e o fim parcial das atividades, reportou Rádio Mitre. Em declarações recentes à Prensa Latina, a delegada da Associação de Trabalhadores do Estado na capital, Brenda Brown, apontou que diante da negativa da direção do Conicet e do ministro de dar resposta a suas manifestações, continuarão mobilizados.

O ministro, disse, tem responsabilidades e deve pedir por um maior orçamento.

Brown assinalou que ‘isto não é mais que o aprofundamento de uma medida que começou com a diminuição muito significativa dos ingressos à carreira do pesquisador como parte de um ajuste que já vem ocorrendo desde o começo do ano no que envolvemos o ministro Barañao e o presidente Macri’.

Fonte: Prensa Latina/Portal Vermelho. 

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